Na Comissão da Verdade no Rio de Janeiro, já se sabe que foram 111 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar entre 1964 e 1985. Na tarde de quarta-feira (17), já se teve a certeza também da data da posse dos sete membros da comissão: o dia 8 de maio, às 10h30, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, no centro.
A Comissão Estadual da Verdade de São Paulo ouviu nesta sexta-feira (12) os depoimentos de parentes de desaparecidos políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia, grupo armado de resistência à ditadura militar instalado no Pará na década de 1970. Foram discutidos os casos de nove militantes nascidos em São Paulo ou que tiveram atuação no estado.
Peritos da Polícia Federal exumaram nesta terça-feira (9), no Cemitério de Inhaúma, na zona norte, a ossada que seria do militante de esquerda Alex de Paula Xavier Pereira, morto aos 22 anos por agentes do regime militar em 1972, em São Paulo. Os peritos coletaram fragmentos do fêmur e do úmero, além de dentes, para submeter a exame de identificação.
Nesta semana [1º/04], na cerimônia de entrega de parte dos arquivos do DOPS-SP digitalizados, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, apareceu com o novo secretário particular, o advogado Ricardo Salles, um provocador que já disse coisas como “felizmente tivemos uma ditadura de direita no Brasil”.
Por Rubens Paiva, da Agência Estado
A comprovação da convivência da imprensa hegemônica com a ditadura desmonta a ideia de que toda a imprensa viveu sob censura prévia e de que ela sempre lutou contra a censura. Quando a grande mídia conta a história da ditadura, resultante do golpe militar de 1964, que ela articulou conscientemente e do qual participou decisivamente, muitas vezes exclui sua cota-parte na implantação daquele regime de terror e morte.
Por Emiliano José*
É talvez um lamento, um choro, um desgosto, uma raiva, um grito parado no ar. Um desassossego, uma angústia que não desgruda do peito nunca. Vou explicar direitinho.
Por Alberto Villas*
A luta da mãe de Fernando Santa Cruz, dona Elzita, que há mais de 40 anos busca informações sobre o desaparecimento do líder estudantil Fernando, é tratada no livro Onde está meu filho?, que será lançado nesta quarta-feira (20), durante audiência pública, organizada pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, a partir das 14h, no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa.
Dia 2 de novembro, ocorreu um ato em memória dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura em Ricardo Albuquerque.
Dia 2 de novembro, ocorreu um ato em memória dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura em Ricardo Albuquerque.
“Pienso que el hombre debe vivir em su patria y creo que el desarraigo de los seres humanos es una frustración que de alguna manera u outra entorpece la claridad del alma. Yo no puedo vivir sino en mi propria terra; no puedo vivir sin poner los pies, las manos y el oído em ella, sin sentir La circulación de suas aguas y de sus sombras, sin sentir como mis raíces en su légamo las substancias maternas.” Pablo Neruda, Confieso que he vivido.
Ainda está para ser contada, com mais profundidade e justiça, a história da família Monteiro Guimarães. Do filho mais célebre, Honestino Guimarães (1947-1973), jovem brilhante, ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e um dos mais conhecidos desaparecidos políticos do Brasil, sabemos quase tudo – menos a localização de seu corpo.
Por André Cintra, especial para o Vermelho
Os documentos do Exército sobre a Guerrilha do Araguaia — uma das principais promessas para a elucidação do assassinato e desaparecimento de dezenas de militantes — foram todos destruídos, informou o Ministério da Defesa. A afirmação foi encaminhada à reportagem da Folha de S.Paulo como resposta a um pedido de consulta feito baseado na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor mês passado.