A imprensa tem longa experiência na cobertura de Comissões Parlamentares de Inquérito. Em temporada de CPI é patente o manancial (pensei em escrever cachoeira) de informações a preencherem páginas de jornais e revistas, em casos que a imprensa elege como “por demais clamorosos”; cadernos especiais são criados, assim como é inventada uma logomarca.
Por Washington Araujo*
Ficou para a semana que vem a definição sobre a data do depoimento do empresário envolvido com a exploração de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que leva seu nome.
Em um dia intenso de trabalho e discussões, a CPI Cachoeira/Demóstenes aprovou nesta quinta-feira a convocação de 51 pessoas para prestar depoimento. Além disso, quebrou mais de 40 sigilos bancários de pessoas e empresas suspeitas de servirem de laranja na suposta organização comandada por Carlinhos Cachoeira e que contou com a participação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do caso Cachoeira/Demóstenes decidiu nesta terça-feira (15) pedir informações por escrito ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre a atuação do Ministério Público após o recebimento dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo.
Em audiência secreta nesta terça (15) no Conselho de Ética do Senado, os delegados Raul Alexandre Marques de Sousa e Matheus Mella Rodrigues reafirmaram que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) usou seu mandato para defender interesses do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
O depoimento dos dois delegados da Polícia Federal Raul Alexandre Marques de Sousa e Matheus Mella Rodrigues, no Conselho de Ética do Senado, ocorre a portas fechadas. Eles foram convocados como testemunhas no processo de quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de fazer parte da suposta organização criminosa comandada pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, nesta segunda-feira (14), liminar que adia depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do empresário e contraventor goiano Carlos Augusto Ramos, marcado para esta terça-feira (15). O parecer foi do ministro Celso de Mello.
O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.
Se tivesse que definir o Zeitgeist (clima intelectual e cultural do mundo em uma determinada época) de nosso tempo, diria que vivemos a era da hipocrisia e da desfaçatez. E tal fenômeno não é afeito só ao Brasil, mas ao mundo, à época em que vivemos.
Por Eduardo Guimarães*
Na condição de ex-professor de jornalismo, mais especificamente da disciplina de Planejamento Editorial, tive a paciencia de ler por diversas vezes o artigo do diretor de redação da revista VEJA, Eurípedes Alcântara, intitulado “Ética jornalistica: uma reflexão permanente”, onde procura justificar a relação do veículo com Carlinhos Cachoeira.
Jorge Gregory*
A União da Juventude Socialista realizou nesta tarde de terça-feira (08) manifestações Nas Redes e Nas Ruas. Enquanto cerca de 50 jovens se manifestavam na porta da Editora Abril, a hashtag #CivitanaCPI alcançou o primeiro lugar no twitter.
Por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado decidiu abrir processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM). Em votação aberta e nominal, os integrantes do conselho aprovaram nesta terça (8) o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE).