“Precisamos de estratégias de marketing. Marketing das reformas necessárias”, disse o procurador Deltan Dallagnol em grupo de conversa com colegas em 2016. Dessa necessidade, mostram mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, surgiu a ideia de fazer um monumento à Lava Jato em Curitiba, escolhido por meio de concurso. O projeto nunca foi concretizado, mas rendeu discussões entre procuradores, com a chefia do Ministério Público Federal no Paraná e até com o então juiz Sergio Moro.
Os procuradores da Operação Lava Jato agiram à margem da lei para obter informalmente dados sigilosos da Receita Federal nos últimos anos, sobretudo nos processos que envolviam o ex-presidente Lula. É o que apontam mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil e analisadas pela Folha de S.Paulo e pelo site. Integrantes da força-tarefa do caso em Curitiba buscaram informações da Receita sem requisição formal – e sem que a Justiça tivesse autorizado a quebra do sigilo fiscal.
Em sua primeira entrevista desde que o STF impediu sua abusiva transferência para um presídio em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, na quarta-feira (14), ao canal do jornalista Bob Fernandes no YouTube. O depoimento, gravado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso injustamente, será exibido nesta sexta (16), às 18 horas, pela TVE Bahia (emissora pública estadual) – e também irá ao ar nas redes sociais da TV (YouTube, Facebook e Twitter).
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) impôs nesta terça-feira (13) dois reveses ao coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. Na sessão desta manhã, o órgão decidiu desarquivar uma reclamação disciplinar contra Deltan e o também procurador Roberson Pozzobon, integrantes da força-tarefa em Curitiba. A decisão foi motivada pelas mensagens obscuras trocadas entre eles e publicadas pelo site The Intercept Brasil.
"Dallagnol é um agente de ilegalidades numa força-tarefa que se viu acima da Legalidade do país, violando o Estado democrático de Direito e insuflando o caos".
Novas conversas reveladas pela reportagem do The Intercept Brasil mostra o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, mobilizando os movimentos de direita para influenciar na escolha do novo relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF), apenas um dia após a morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável pelos processos da operação no STF.
Deltan Dallagnol, o chefe da força tarefa da Operação Lava Jato e aliado do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro nos escândalos agora divulgados pelo site The Intercept Brasil e seus aliados, comparou as denúncias ao que aconteceu na Itália, na década de 1990, com a chamada "Operação Mãos Limpas".
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba viram o resultado do primeiro turno da eleição de 2018 como uma oportunidade para tentar articular o impeachment do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). É o que revelam mensagens enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com o UOL. A nova leva de vazamentos mostra como Gilmar, alvo constante de ataques desses procuradores, era tratado como inimigo da Lava Jato.
Após o procurador da República Deltan Dallagnol divulgar que faria revelações inéditas sobre a "lava jato" em uma palestra com ingresso pago, o então corregedor-geral do Ministério Público Federal, Hindemburgo Chateaubriand Filho, criticou informalmente a conduta do colega.
Novo vazamento divulgado em parceria do Intercept Brasil com o Portal UOL revelou nesta quarta-feira (7) que o procurador Deltan Dallagnol usou o partido Rede de Sustentabilidade para apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que Gilmar soltasse presos em processos que ele não fosse o juiz da causa natural.
Procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba fizeram um esforço de coleta de dados e informações sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, com o objetivo de pedir sua suspeição e até seu impeachment. Liderados por Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes se mobilizaram para apurar decisões e acórdãos do magistrado para embasar sua ofensiva, mas foram ainda além.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, omitiu pelo menos uma palestra remunerada que deu em setembro de 2016 ao prestar contas de suas atividades quando era o juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato em Curitiba. Ao acobertar que participou de evento pago, o ex-juiz burlou a legislação, conforme notícia publicada neste domingo (4) pelo site The Intercept Brasil e pela Folha de S.Paulo.