O juiz Sergio Moro arbitra uma operação que investiga um extenso esquema de corrupção e evasão de divisas intermediadas por doleiros que atuam especialmente no Paraná. Uma força-tarefa é montada e procuradores da República propõem ações penais contra 631 acusados. Surgem provas contra grandes construtoras e grupos empresariais, além de políticos.
Por Henrique Beirangê, na Carta Capital
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou em julgamento realizado esta semana ex-dirigentes da Brasil Telecom (BrT) e do grupo Opportunity por irregularidades na compra, pela BrT, do portal de internet iG, ocorrida em 2004. Mas a CVM ateve-se em seu julgamento apenas a problemas referentes a falhas de informação de fatos relevantes ao mercado, desconsiderando a acusação mais grave levantada à época, de sobrepreço na avaliação do provedor.
Durante o segundo expediente da sessão plenária da última quarta-feira (17/12), o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) classificou de “excrescência” a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular o processo contra o empresário Daniel Valente Dantas, investigado pelas operações Satiagraha e Chacal, da Polícia Federal (PF), envolvendo crimes financeiros. Segundo ele, a decisão se deu em razão de que as provas obtidas na sede do Banco Opportunity foram ilegais.
Ao convidar os parlamentares e o povo para o lançamento do seu livro Operação Satiagraha: Os bastidores, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) fez severas críticas a corrupção no país. Segundo ele, “esse trabalho é uma pequena contribuição para que o povo brasileiro saiba de algo maior que existe nesta República e ainda não foi desvendado, inexplicavelmente”.
O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) reafirma que a reforma política e o financiamento público de campanhas são essenciais para acabar com esse "dreno da corrupção e comprometimento do Estado com as grandes corporações”, citando o caso do empresário Daniel Dantas como símbolo desse dreno. "Dantas está solto, com muito dinheiro e financiando campanhas políticas", diz.
Por Ana Flávia Marx, da Redação do Vermelho-SP
O livro Operação Banqueiro, do jornalista Rubens Valente, caminha para se tornar um clássico na devassa das relações Estado-lobbies privados, especialmente o capítulo As ameaças do grande credor, que descreve a correspondência do super-lobista Roberto Amaral com Daniel Dantas, o banqueiro do Opportunity, reportando e-mails e conversas que manteve em 2002 com o então presidente Fernando Henrique Cardoso e o candidato José Serra.
Por Luis Nassif*, no Correio do Brasil
O banqueiro Daniel Dantas fez a primeira ameaça oficial à Geração Editorial, que no último dia 10 lançou a obra Operação Banqueiro, do jornalista Rubens Valente, com revelações e provas inéditas sobre as atividades do banqueiro e do Banco Opportunity. A primeira edição da obra esgotou nas livrarias em poucos dias, e a Geração trabalha para colocar a segunda edição nas livrarias de todo o país.
"Sem Gilmar Mendes, Daniel Dantas não conseguiria reverter o jogo", foi a conclusão de Rubens Valente, um dos repórteres mais premiados do Brasil, durante mais de dois anos em que se dedicou à investigação que resultou no livro “Operação Banqueiro” (462 páginas, R$ 44,90, Geração Editorial), um mergulho nos documentos e bastidores da Satiagraha. Leia abaixo entrevista de Valente na Carta Capital.
Com 24 anos de carreira, Rubens Valente é um dos repórteres mais premiados do Brasil. Rigoroso na apuração dos fatos, fiel na interpretação dos acontecimentos, construiu uma carreira respeitada no jornalismo. Durante mais de dois anos, Valente se dedicou à investigação que resultou no livro “Operação Banqueiro” (462 páginas, R$ 44,90, Geração Editorial), um mergulho nos documentos e bastidores da Satiagraha. Leia abaixo entrevista de Valente na Carta Capital.
O jornalista Paulo Henrique Amorim publicou, na TV Afiada, declaração sobre o livro “Operação Banqueiro”, no qual trata das aventuras corruptoras do banqueiro condenado Daniel Dantas.
Em sessão na última terça-feira (12) no Plenário da Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) contestou a decisão de Justiça que obriga o Google a remover o nome do banqueiro Daniel Dantas do site de busca. O site não pode mais publicar informações do banqueiro relacionadas à Operação Satiagraha.
O empresário Daniel Dantas é um dos investigados pelo Inquérito de número 2474, mantido em segredo de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e relatado pelo presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, paralelamente à Ação Penal de número 470, que condenou 38 réus do caso chamado de “Mensalão”.