Os governos europeus não conseguem entender-se sobre a constituição da nova Comissão Europeia. Depois da designação de Jean-Claude Juncker como presidente com a bênção de Angela Merkel – chanceler da Alemanha e suporte natural de toda a direita e da maioria dos sociais-democratas – ainda não foi possível acordo sobre qualquer comissário.
Por Pilar Camacho, de Bruxelas para o Jornalistas sem Fronteiras
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) convocou uma mobilização nacional contra o “ataque do governo aos direitos e salários dos trabalhadores”, numa política de arrocho que “leva o país ao desastre e agrava a exploração”. A manifestação ocorrerá na quinta-feira (10), “para mostrar nas ruas a determinação” contra a ofensiva da direita no governo de Portugal e “por uma política alternativa, de esquerda e soberana”.
Um dos aspectos marcantes da atual ofensiva do imperialismo é a aliança aberta com fascistas. No desmantelamento da Jugoslávia o imperialismo juntou aos fascistas ustaches croatas, entre outros, todo o género de marginais diretamente oriundos do mundo do crime e, em consequência disso, o poder tanto ficou entregue a fascistas como a grupos estritamente mafiosos.
Por Filipe Diniz, no jornal “Avante!”
Em Portugal, com a evocação da "fuga de Peniche", encerraram-se as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal e tiveram início as celebrações do 40º aniversário de Abril. Isso se dá numa sequência lógica, na medida em que a fuga do valioso conjunto de dirigentes e quadros do Partido Comunista Português (PCP) constituiu fator decisivo para a derrubada do governo fascista de Marcelo Caetano e para o desenvolvimento do processo revolucionário que se lhe seguiu.
O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, decidiu começar 2014 de uma maneira pior do que havia terminado 2013 e anunciou um corte adicional do gasto público de 25 bilhões de libras (34 bilhões de dólares). Osborne deixou claro que a maioria destes cortes ocorrerá na área de benefícios sociais, mas com exceção de um novo corte em benefícios para os jovens, não deu maiores detalhes sobre o plano.
Por Marcelo Justo*, na Carta Maior
Continua a imposição da redução das despesas sociais com o pagamento de aposentadorias e pensões e com as diversas prestações sociais, seja das que decorrem dos descontos para a Segurança Social ou das que resultam da responsabilidade de toda a sociedade para com o financiamento do regime não contributivo. Este ataque não é dissociável da política de direita e, nomeadamente, da “reforma” da Segurança Social levada a cabo a partir de 2006 pelo Partido Socialista.
Por Fernanda Mateus*, no Avante!
Os numerosos protestos contra o governo na Espanha não estão mudando as políticas, mas ainda há espanhóis como Jorge Arzuga que acredita na continuidade das demonstrações de indignação. Ele está entre um grupo de jovens que mantém uma greve de fome em protesto contra o governo de direita de Mariano Rajoy, subjugado às imposições de credores internacionais, com reflexo direto no empobrecimento do povo espanhol.
Há alguns dias, o mundo acompanha, com atenção, o drama de duas meninas. Uma chama-se Leonarda. A outra, Maria. Leonarda, de 15 anos, foi tirada à força de dentro de um ônibus, em uma excursão escolar, e expulsa da França, junto com sua família. Maria, de 4, foi encontrada, há alguns dias, em uma cidade no interior da Grécia, e retirada do casal com que estava por suspeita de rapto.
Por Mauro Santayana*
Três dias após uma eleição sem vencedores na Itália, a crise política parece estar longe de acabar. Isso porque dois candidatos rejeitaram fazer coligações, ou seja, não chegaram a um acordo para formar um governo no país.
A economia espanhola voltou a cair na recessão dois anos depois ter se recuperado, anunciou nesta terça-feira (17) o presidente do Banco da Espanha, Miguel Fernández Ordoñez, ao confirmar que a contração de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2011 continuou nos três primeiros meses do ano.
A aprovação na Assembleia da República do Pacto Orçamental da União Europeia pelo PS (Partido Socialista), PSD (Partido Social Democrata) e CDS (Partido Popular) constitui um autêntico golpe de estado. Um pacto que limita, tende a acabar ou acaba mesmo com as transferências de verbas comunitárias para os países.
Por Vaz de Carvalho*
Uma nova versão da fábula de Esopo, feita ad hoc para o "Momento europeu na história", quando o colapso da Europa está sendo assegurado pela dominância de uma narrativa equivocada. O que se segue é uma tentativa de versão alternativa – mais adequada a um futuro decente para a Europa.
Por Yannis Varoufakis