A Polícia Federal indiciou Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, sob acusação de corrupção ativa. É o primeiro envolvimento formal direto dela com o esquema Cachoeira.
Desde que o relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Costa (PT-MG), confirmou, nesta quarta (21), que irá pedir o indiciamento de cinco jornalistas no seu relatório final, imprensa e oposição passaram a atacar a medida, em uníssono, alegando ora afronto à liberdade de expressão, ora o desejo de vingança do PT contra seus algozes no “mensalão”.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira volta a se reunir nesta terça-feira, às 15h30, na sala da Liderança do PMDB do Senado, depois de ficar suspensa por praticamente dois meses por causa das eleições municipais. Os líderes partidários já concordaram com a prorrogação, cujo prazo original termina no dia 4 de novembro, mas ainda não definiram por quanto tempo, segundo informações da Agência Câmara.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPMI do Cachoeira, desmentiu nesta terça-feira (9) a informação de que haveria um "acordo" entre PT e PMDB para encerrar os trabalhos da comissão sem que todas as pontas do esquema do bicheiro goiano sejam investigadas. A notícia sobre o suposto acordo foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. “Essa notícia é fantasiosa, não há acordo, não está decidido”, disse à RBA.
Em depoimento nesta semana na CPI do Cachoeira, Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit, afirmou com todas as letras que o mafioso bancou reportagem na revista Veja para tirá-lo do cargo. “O contraventor [Carlos Cachoeira] mais um representante da Delta [Claudio Abreu] se uniram a um jornalista [Policarpo Júnior] para me derrubar”, desabafou.
Por Altamiro Borges, em seu blog
A revista Veja e o jornalista Policarpo Júnior voltaram a ser citados na CPMI que investiga o crime organizado liderado pelo contraventor Carlos Cachoeira. Em depoimento nesta terça-feira (28), o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, acusou a revista Veja de ter provocado a demissão dele. “Nada teria acontecido se não fosse a reportagem da Veja”, disse Antônio Pagot.
Será que a CPMI vai fechar os olhos para os crimes praticados pelo diretor da sucursal da revista Veja, Policarpo Júnior, ou vai atuar de forma isonômica nesse processo?
Os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deverão tratar de temas polêmicos na próxima reunião, nesta terça-feira (14). Estão na pauta de deliberações, entre outros pontos, a convocação do diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e a reconvocação do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB.
As investigações são difíceis e inexoravelmente lentas. Sem a estridência do debate midiático e político, fazemos um trabalho de 'formiga'. Já há resultados.
Por Odair Cunha, deputado federal (PT-MG) e relator da CPMI do Cachoeira*
O vídeo Cronologia do mensalão tem se espalhado com extrema rapidez na rede. O conteúdo revela detalhes sobre a participação da revista Veja na condução das crises políticas mais relevantes que se alastraram no Brasil nos últimos dez anos.
O candidato pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, é o mais novo alvo das investigações da CPMI do Cachoeira. Candidato à Presidência da República em 2010, ele recebeu uma doação milionária de Ana Maria Baeta Valadares Gontijo, esposa de José Celso Gontijo, acusado de participar do esquema criminoso do contraventor.
O Estado democrático não confere privilégios a ninguém. Não deveria. Digo isso a propósito dessa discussão sobre a eventual convocação do jornalista Policarpo Júnior à CPI do Cachoeira – e a depender das averiguações, do próprio Roberto Civita, o todo-poderoso da Editora Abril, a mão que balança o berço da revista Veja.
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate