Na reta final dos trabalhos legislativos, o Senado deve apreciar, esta semana, dois assuntos que ocuparam a pauta da Casa durante todo o ano. Está marcada para esta terça-feira (15), a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em que deverá ser lido o relatório final dos trabalhos. Depois de terem esgotado a discussão sobre o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul na última quarta-feira (9), os líderes firmaram acordo para votar a proposta esta semana.
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), afirmou nesta terça-feira (10) que não será fácil, para a oposição, discutir a Petrobras nas eleições de 2010 porque todos os questionamentos feitos na CPI foram explicados. Pouco antes do início da audiência da CPI que recebeu o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, os partidos de oposição – PSDB e DEM – comunicaram oficialmente o abandono da comissão.
Os senadores da oposição abandonaram nesta terça (10) a CPI da Petrobras num dos momentos mais aguardados: o depoimento do presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. Além da indelicadeza, para o presidente do colegiado, João Pedro (PT-AM), um erro lamentável pois perderam a oportunidade de promover o enfrentamento político. Mesmo assim, Gabrielli falou sobre todas as irregularidades que pesam contra a estatal.
O desempenho pífio da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a Petrobras conferiu à direção da empresa um atestado de idoneidade, que será utilizado pelos governistas para desqualificar qualquer denúncia que venha a ser feita contra a estatal daqui para frente. Segundo interlocutores próximos, predomina agora um tom triunfante entre os responsáveis pela estratégia de enfrentamento da oposição na CPI.
O governo conseguiu esvaziar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades cometidas pela Petrobras. A reunião prevista para esta terça-feira (15) foi adiada para a próxima semana, sem que a oposição esboçasse resistência. Com amplo controle do governo, a CPI não gerou o constrangimento nem a preocupação que o Palácio do Planalto temia.
O presidente da CPI da Petrobras, senador João Pedro (PT-AM), diz que os projetos para a exploração da camada pré-sal que chegaram ao Congresso Nacional vão ajudar a comissão a qualificar os debates. Ele faz duras críticas a atuação da oposição no colegiado que “a todo custo” tenta atingir o Governo. Numa entrevista exclusiva ao Vermelho, ele diz que falta projeto para os opositores do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê um desfecho favorável à Petrobras na CPI.
Em minoria na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na Petrobras, a oposição preparou uma estratégia para os depoimentos de dois diretores da empresa que participam diretamente da execução das obras da Refinaria Abreu e Lima, na segunda-feira (24). Esse é um dos assuntos mais cobrados pela oposição.
O economista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) José Sérgio Gabrielli de Azevedo preside, desde 2005, a frente maior empresa do país. Em entrevista concedida à revista Caros Amigos, o presidente da Petrobras afirma que no imaginário popular, a Petrobras "é símbolo da brasilidade, do Estado realizador". E, por isso, no plano ideológico, a empresa é alvio da Há má vontade de certos setores que preferem empresas menores e privatizadas. Veja, a seguir, trechos da entrevista.