Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo deste domingo (5) revelou a contradição que é a presença do deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na vice-presidência da CPI da Petrobras. As empresas investigadas por Imbassahy na comissão são as mesmas envolvidas em um processo de superfaturamento das obras do Metrô de Salvador, na gestão do agora parlamentar, que era prefeito da capital baiana na época.
Em depoimento na CPI da Petrobras, nesta quinta-feira (19), o ex-diretor de serviços da estatal Renato Duque exerceu o seu direito constitucional de permanecer em silêncio, apenas se manifestou para afirmar que sua mulher nunca se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) avaliou a sessão de mais de 10 horas da CPI da Petrobras na última quinta-feira (12) como “esquizofrênica”, com o objetivo escuso de enfraquecer a Petrobras para privatizá-la. “Vimos a utilização de dois pesos e duas medidas por parte de deputados da oposição, comprometidos em transformar a Petrobras, esse patrimônio dos brasileiros, em um ativo a ser vendido para empresas internacionais”, denunciou Prascidelli.
O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli afirmou, em depoimento nesta quinta-feira (11), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na estatal, ser impossível para a Petrobras ter descoberto internamente as ações de corrupção dos ex-dirigentes da estatal Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, delatores da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele também afirmou que esses ex-dirigentes se apropriaram privadamente de recursos da estatal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), citado na Operação Lava-Jato como suspeito de corrupção, resolveu fazer um jogo de cena indo espontaneamente à CPI da Petrobras para, em seu depoimento, se declarar inocente e vítima de perseguição política.
Em nota oficial divulgada às 19 horas desta terça-feira (10), o PT reitera que Barusco mente e diz que ele “não apresentou nenhuma prova ou mesmo indício que liguem o secretário João Vaccari Neto ao recebimento de propinas, apesar de falar por mais de 5 horas e ser reiteradamente questionado pelos integrantes da bancada do Partido dos Trabalhadores, e também por deputados de outros partidos”.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), representando a Bancada do PT na Câmara, apresentou, nesta segunda-feira (2), uma série de requerimentos à CPI da Petrobras. O parlamentar destaca como prioridade para o PT o pedido de investigação desde 1997, ainda durante o governo FHC.
A bancada do PT na Câmara indicou, nesta terça-feira (24), o deputado Luiz Sérgio (RJ) para o cargo de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. De acordo com a bancada, o nome do deputado foi escolhido por unanimidade pela coordenação do partido na Casa.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), confirmou nesta segunda-feira (23) a indicação do deputado Hugo Motta (PMDB-PB) para ocupar a Presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que deverá ser instalada na quinta (26). Picciani descartou a possibilidade de outro deputado disputar o cargo. “Será tudo por acordo, como é a prática na Casa”, garantiu.
As bancadas do PT e do PCdoB na Câmara querem incluir na nova CPI da Petrobras os contratos e as transações ocorridos desde 1997, período em que o tucano Fernando Henrique Cardoso presidia o Brasil. E começaram a coletar assinaturas de parlamentares para alterar o objeto da investigação da CPI.
O vice-líder da Bancada do PT, deputado Afonso Florence (PT-BA), defendeu a ampliação do leque de investigações da CPI da Petrobras, criada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quinta-feira (5). “Queremos que se investiguem todos, que a investigação retroaja ao período de governo do PSDB”, disse Florence, defendendo ainda a investigação sobre o cartel do metrô de São Paulo, que envolve o governo do estado.
A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recebeu, esta semana, que deu início aos trabalhos legislativos pedidos de criação de setes comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Somente a CPI da Petrobras, que foi pedida pela oposição, já foi criada.