Dia 03 de maio de 2017, completou um ano da ocupação do maior parlamento brasileiro, a ALESP. Ao ocuparmos a Assembleia Legislativa de São Paulo, consolidamos a maior ação de combate à corrupção da história do movimento estudantil, enfrentando diretamente os escândalos de corrupção do governo do estado de São Paulo ligados ao roubo da merenda escolar.
Por Emerson Santos*
Os estudantes secundaristas que acompanhavam a sessão da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram surpreendidos na manhã desta terça-feira (13) pela truculência de praxe da Polícia Militar do governo Alckmin.
Jeter Rodrigues, ex-assessor do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB), já mostrava confiança e convicção de que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da merenda escolar (CPI da merenda) lhe seria o mais favorável possível, apesar das suspeitas contra si levantadas pelas investigações.
A base do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura pagamento de propina em contratos de fornecimento de merenda na Secretaria estadual da Educação tentou nesta quarta-feira (23) rejeitar um pacote de requerimentos de convocação e aprovar a anulação de outros já aprovados.
A servidora da Secretaria da Educação Marilena de Lourdes Silva seria a primeira de três pessoas a serem ouvidas nesta quarta-feira (9) na CPI da Merenda, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Mas os deputados da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) interromperam o depoimento e esvaziaram a reunião. Os governistas são maioria no colegiado que investiga pagamentos de propinas e servidores e parlamentares em contratos de fornecimento de merenda escolar.
Os pontos de encontro para a o pagamento de propinas da chamada máfia da merenda era a própria Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ex-assessores do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), recebiam a propina até mesmo no restaurante da Alesp. Segundo o delator, o valor combinado para os ex-assessores era de R$ 200 mil. Outros R$ 400 mil seriam para a campanha do deputado tucano.
A imprensa falsamente moralista adora uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A escandalização da política aumenta a tiragem dos jornais e a audiência da tevê – o que garante mais publicidade e mais grana aos barões da mídia. Mas mesmo com estes ganhos econômicos, a CPI só ganha os holofotes quando também cumpre os objetivos políticos das elites.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Auditoria do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) aponta que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) pagou sobrepreço de até 144% na merenda adquirida em contratos com Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), alvo de investigação pela Polícia Federal (Operação Alba Branca) e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa que apura suspeitas de desvios de recursos públicos nessas transações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O depoimento do presidente da Assembleia Legislativa paulista, deputado Fernando Capez (PSDB), nesta quarta-feira (14), na CPI da merenda escolar, frustrou quem esperava a apresentação de documentos e esclarecimentos sobre seu suposto envolvimento na máfia da merenda. Sem acesso aos documentos da Operação Alba Branca, que investigou o esquema de fraude, pagamento de propina e superfaturamento em contratos da merenda escolar paulista, os deputados quase não fizeram perguntas, apenas discursos.
Estudantes secundaristas que acamparam, desde a madrugada desta terça-feira (14), na entrada da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), para acompanhar o depoimento à CPI da Merenda do presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), foram atacados pela PM e barrados com violência pelos correligionários de Capez. Ele é acusado de integrar o esquema de desvio de recursos de contratos para fornecimento de refeições aos alunos da rede pública estadual.
O ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, se recusou a depor na CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quarta-feira (24). Chebabi era um dos depoimentos mais esperados pela comissão, por ter sido delator na Operação Alba Branca, que apura o pagamento de propina da cooperativa em troca de contratos superfaturados de merenda escolar.
Ex-membros da Cooperativa Orgânica da Agricultura Familiar (Coaf) admitiram pagamentos de propina a servidores públicos da Secretaria de Estado da Educação e políticos, em contratos da merenda escolar no governo Geraldo Alckmin (PSDB). “Do contrato da secretaria do estado (da Educação) todo mês sacava. Chegou a sacar R$ 1,3 milhão, no total, para pagar 'comissão'”, disse o ex-vendedor da Coaf Caio Pereira, durante depoimento à CPI que investiga a máfia da merenda na Assembleia Legislativa.