O Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) propôs, nesta quinta-feira (16), às autoridades sul-coreanas, temas de princípios do governo, dos partidos políticos e de outras entidades da Coreia Popular no esforço de reaproximação diplomática e nacional com a Coreia do Sul. No dia anterior, o governo norte-coreano já havia instado o vizinho a suspender os exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos.
O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hong Lei disse, nesta sexta-feira (17), em Beijing, que a China incentiva a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e a Coreia do Sul a eliminarem suas divergências e a tomarem medidas práticas para aprimorar as relações bilaterais. No mesmo dia, o porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, Kim Eui-Do, disse que o norte sempre tenta “distorcer os fatos”, referindo-se à proposta de aproximação reiterada pelo vizinho.
Porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei afirmou, nesta quinta-feira (7), em coletiva de imprensa, que todos os envolvidos na questão nuclear da Península Coreana devem voltar ao diálogo e à consulta o mais rápido possível. Enquanto isso, esforços pela reunificação coreana são enfatizados pelos dois lados, embora a associação militar da Coreia do Sul aos Estados Unidos ainda represente entraves.
De acordo com uma nota da Embaixada da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), divulgada nesta sexta-feira (4), o seu Comitê de Defesa Nacional (CDN) fez um apelo pela reunificação da Coreia, pela paz e pela prosperidade na Península Coreana. O CDN também criticou a presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por manter um ambiente de hostilidade que impede o aprofundamento dos diálogos e uma aproximação definitiva entre os países.
O embaixador da República Popular Democrática da Coreia (ou Coreia do Norte) na Organização das Nações Unidas em Genebra, So Se-Pyong, acusou os Estados Unidos, nesta quarta-feira (10), de ser o principal obstáculo para a retomada das Conversações de Seis Partes sobre o desarmamento nuclear de Pyongyang, iniciadas em 2003, com poucos avanços, e congeladas desde 2008.
Vários indícios sugerem hoje a possibilidade de um avanço no caminho para a solução das divergências entre as duas partes da península coreana, depois de diversas propostas da Coreia Popular encaminhadas a esse fim, segundo especialistas em Pequim.
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) recorre sem artificios à memória histórica e à longa lista de descumprimentos de acordos dos Estados Unidos com respeito às sucessivas crises na península.
As forças anti-imperialistas e amantes da paz nutrem a expectativa de que a República Popular Democrática da Coreia não dê o primeiro tiro, menos ainda realize um ataque com armas nucleares. De todos os países, o único que se recusa, por razões de princípio e cláusula pétrea de conduta, a declarar que não usará a arma nuclear contra algum país são os Estados Unidos da América, algo que nem de longe comparece nas opiniões difundidas pela mídia privada.
José Reinaldo Carvalho no Blog da Resistência
O PCdoB acompanha com grande preocupação a crescente tensão no leste da Ásia, que poderá resultar num conflito entre a República Popular Democrática da Coreia e os Estados Unidos.
A China pediu mais uma vez, nesta quinta-feira (11), que todas as partes envolvidas na escalada da tensão na Península Coreana deem um giro na situação e detenham qualquer movimento que incremente as tensões, ou que piorem o cenário. O porta-voz da chancelaria chinesa Hong Lei disse que as partes “devem tomar ações para lograr uma guinada na situação”.
Nem sempre imagens têm mais valor do que mil palavras. No caso em questão, as imagens e o retorcimento da retórica explanada pelo governo da Coreia do Norte são parte de um grande jogo de ridicularização de um regime cujo único objetivo é a autodefesa. Também existe uma ponta de luta pela sobrevivência. Sobrevivência que significa a própria sobrevida de uma nação milenar. E para mim isso basta.
Por Elias Jabbour*
A República Popular Democrática da Coreia voltou a responsabilizar os Estados Unidos pelas crescentes tensões na Península Coreana devido às manobras militares de grande escala que realiza em conjunto com a Coreia do Sul, que ameaçam a soberania da Coreia Popular.