Esqueça aquele papo de que o futebol é o ópio do povo. No Brasil, as coisas estão esquentando e parece que o golpe em curso contra a democracia, amparado pelos grandes meios de comunicação e, em especial, a Rede Globo, esquentou de vez o clima nas arquibancadas.
Por Felipe Bianchi*
Parlamentares representantes das bancadas do PCdoB e do PT usaram a tribuna do parlamento para defender a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira criticou nesta terça-feira (3) o atual processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Classificando como “loucura”, ele disse que o procedimento deixará uma marca na história do Brasil. “Isso é um golpe parlamentar e vai trazer um arranho grave na democracia brasileira”, disse Bresser-Pereira. Ele também criticou o radicalismo dos discursos que têm sido difundidos por determinados grupos da sociedade. Assista o vídeo.
A história apertou o passo no país e quem não entender isso será atropelado pela velocidade dos acontecimentos. Esse é um tempo em que jornais de hoje amanhecem falando de um remoto mundo de ontem; tempo em que a tergiversação colide com a transparência; tempo em que nenhum discurso faz mais sentido dissociado da tríade: ‘rua’, ‘resistência’ e ‘organização’.
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
"O primeiro risco é o trabalhador perder ganho e renda". A afirmação é de Lourenço do Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que reúne as Confederações. Ele analisou a proposta do Plano Temer de que o negociado se sobreponha ao legislado.
"O primeiro risco é o trabalhador perder ganho e renda". A afirmação é de Lourenço do Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que reúne as Confederações. Ele analisou a proposta do Plano Temer de que o negociado se sobreponha ao legislado. Ou seja, avançar sobre a proteção social do trabalhador formalizada na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)
Luciana Santos, presidenta do Partido Comunista do Brasil, discursa em Olinda durante o dia do trabalhador contra a tentativa de golpe de Estado em andamento no Senado.
A senadora Vanessa Grazziotin denuncia que a tentativa de afastamento da presidenta Dilma Rousseff é uma tentativa de golpe de Estado, já que ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, realiza nesta quinta-feira (05), um debate sobre o Golpe em marcha no país e os 55 Projetos de Lei em Tramitação no Congresso que representam uma ameaça aos direitos da classe trabalhadora.
No Senado se travará a "primeira batalha", mas o dirigente nacional do MST, Gilmar Mauro, acredita que está em curso um "rompimento com essa convenção chamada Constituição". O que permitiria, inclusive, pensar em ações de desobediência civil ou mesmo em um governo paralelo. De concreto, centrais e movimentos preparam uma paralisação nacional para o dia 10, véspera da votação do processo de impeachment no Senado.
O golpe parlamentar, em suma, constitui uma restauração e reconstituição do poder de classe dos que habitam o andar de cima e uma condição necessária para o exercício da acumulação por despossessão do andar de baixo.
Por Alcides Goularti Filho* e Juliano Giassi Goularti**, no Brasil Debate
Como ficaria o Brasil sem a política de valorização do salário mínimo, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e consolidada pela presidenta Dilma Rousseff? Um impeachment contra Dilma e um eventual governo do vice Michel Temer atacam a Consolidação das Leis Trabalhistas, proteção do trabalhador brasileiro. Com Temer será o fim das políticas de inclusão social, que melhoraram a vida dos mais pobres, e o início da agenda de exploração sem limites do trabalhador.
Por Railídia Carvalho