Levantamento divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) aponta que 84% dos pacientes atendidos no centro são homens e jovens – cerca de 20% do total tinham menos de 30 anos de idade. O balanço foi feito entre os dependentes internados desde o início da parceria entre governo estadual, o Poder Judiciário e a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, em janeiro deste ano, para agilizar internações involuntárias ou compulsórias.
A abordagem aos dependentes químicos que circulam pela região conhecida como Cracolândia na capital paulista, feita por voluntários da Missão Belém, uma entidade que tem convênio com o governo estadual, vai priorizar o convencimento do usuário de drogas.
“A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que o usuário está sujeito, mas é uma contribuição modesta”, avaliou José Manoel Bertolote que é consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), ao falar sobre as reais chances de recuperação de dependentes de crack, avalia a importância da reinserção social e mostra porque é preciso mais que a desintoxicação para reduzir o índice de recaídas.
O governador Wilson Martins, o secretário estadual da Saúde, Ernani Maia, participam, nesta quinta-feira (27), de reunião técnica em Brasília de pactuação do Plano Crack, é Possível Vencer.
Os números apresentados pela Secretaria de Segurança Pública são eloquentes: quase 83 mil abordagens, 489 prisões, mais de 6 mil encaminhamentos para serviços de saúde e 775 internações, além de 66 quilos de drogas apreendidos. Nada disso, porém, conseguiu por fim à Cracolândia, no centro de São Paulo, conforme previa o projeto de "limpeza" da área iniciado em janeiro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), em parceria com a administração Gilberto Kassab (PSD).
Por Estevan Muniz*
Entre os dias 28 e 30 de maio, ocorrerá em São Paulo o seminário “A Cracolândia muito além do crack”, no anfiteatro da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), na Avenida Dr. Arnaldo, 715, no bairro Consolação.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), secretarias municipais e estaduais, entidades públicas e privadas e moradores no bairro de Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro, realizam neste sábado (5) uma série de atividades culturais e sociais na Rua Leopoldo Bulhões, em uma região conhecida por atos de violência e trocas de tiros entre policiais e traficantes.
Estamos todos trabalhando para o sucesso do plano Crack, é possível vencer, lançado pela presidente Dilma. Com o objetivo de fortalecê-lo, destinei os R$ 8 milhões de emenda de bancada a que tenho direito para o combate e a prevenção ao uso do crack em Fortaleza e nos municípios de sua Região Metropolitana.
Por Inácio Arruda*
A dependência do crack é considerada hoje pelo ministério da Saúde, como uma grande epidemia só comparada ao desafio do enfrentamento a epidemia da AIDS. Preocupado com esta situação e engajado na campanha nacional de combate as drogas lançada pela presidenta Dilma Rousseff, o senador Inácio Arruda destinou R$8 milhões de emenda de bancada (cada senador tem direito de indicar uma) para o combate e a prevenção ao crack em Fortaleza e nos municípios da Região Metropolitana.
Dois fatores fizeram os governos Alckmin e Kassab desencadearem uma operação policial na Cracolândia paulistana que não passa de vigarice político-eleitoral: as eleições municipais e – segundo informações da Folha de S. Paulo – o medo de que programa do governo federal previsto para começar em breve rotule prefeito e governador como “inoperantes”.
Por Eduardo Guimarães, em seu blog
O Ministério da Saúde vai liberar para o estado de São Paulo R$ 500 milhões, até 2014, a fim de combater o uso de crack. Os recursos virão dos R$ 4 bilhões destinados ao programa lançado pelo governo federal para diminuir o consumo da droga em todo o país. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por causa da gravidade do problema em São Paulo, o estado é visto como “grande prioridade”.
“O Brasil copia dos EUA o modelo Diga Não às Drogas, comprovado pelos americanos como ineficaz”. A afirmação é do psiquiatra e diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier, que participa na sexta-feira (5) do seminário Educadores Contra o Crack, organizado pela revista Carta na Escola, do grupo Carta Capital.