A escola – aqui incluída a universidade – é um espaço privilegiado na construção da ética, da cidadania e do respeito às diferenças. No entanto, foi com estarrecimento que a Contee acompanhou nos últimos dias o caso das pichações homofóbicas na porta do Centro Acadêmico (C.A.) de Direito da UnB, que levaram à abertura de sindicância na instituição e à divulgação, nas redes sociais, de uma nota de repúdio do C.A.
Diz-se que uma imagem vale mais que mil palavras, mas há palavras que mil imagens não traduzem: preconceito é uma delas. Ao contrário: as imagens, sejam quantas forem, podem reforçar aquilo a que se refere a palavra preconceito. Esta palavra também não pode ser traduzida por números nem estatísticas. Estes, porém, sempre atraem ou despertam palavras.
Por Jean Wyllis*
Em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (10), o diretor da Faculdade de Direito, George Galindo, afirmou que foi criada uma comissão de sindicância da própria unidade para apurar a autoria das pichações homofóbicas na instituição. Segundo ele, é preciso “agir com rapidez e dureza. Este ato precisa ser investigado e punido”.
As denúncias de violência contra a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) estão aumentando, mas muitas vítimas ainda temem relatar às autoridades competentes as agressões, além dos que deixam de denunciar por desconhecimento de seus direitos ou por não saber como fazê-la.
O número de municípios que possuem órgãos oficiais para tratar de políticas de direitos humanos mais que dobrou entre 2009 e 2011, passando de 1.408 para 2.941, um aumento de 52,9%. Ainda assim, apenas 79 têm políticas efetivas para o combate à homofobia, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (Munic) de 2011, divulgada nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os homossexuais tornaram-se os novos reféns da política brasileira. O nível canino de certos embates políticos fez com que setores do pensamento conservador procurassem se aproveitar de momentos eleitorais para impor sua pauta de debates e preconceitos.
Por Vladimir Safatle*
Antenada com as demandas da sociedade pelo respeito aos direitos de expressão e o enfrentamento ao preconceito e à discriminação de qualquer natureza, a advogada e poeta Cida Pedrosa, candidata à vereadora do Recife pelo PCdoB, participou neste domingo (16) da parada da diversidade acompanhada de diversos militantes da Brigada LGBT, que coloriram Boa Viagem com as bandeiras da campanha.
Contrato de união estável homoafetiva inicia programação pelo Dia Internacional de Combate a Homofobia.
O ministro Fernando Haddad negou que o Ministério da Educação (MEC) tenha decidido alterar o conteúdo do kit de combate à homofobia que será distribuído às escolas públicas de ensino médio. Na quarta-feira (18) ele se encontrou com parlamentares da bancada evangélica que são contra o material e assegurou que os deputados poderão manifestar sua opinião à comissão de publicação de materiais do Ministério, mas que as sugestões poderão ou não ser acatadas.
Hoje, 17 de maio, é o Dia Nacional de Combate a Homofobia, comportamento vergonhoso que figura como principal causa de assassinatos de homossexuais no Brasil. Na Bahia, a situação não é diferente e o movimento LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) aproveita a data para dar visibilidade ao problema, protestar e cobrar ações efetivas do Estado para diminuir esta prática. O reconhecimento de direitos é um passo importante, mas a criminalização da homofobia está longe de acontecer.
O combate à homofobia vai ser discutido em uma audiência pública que será realizada, na próxima segunda-feira (16/05), às 15h, no Plenário Adriano Jorge, da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O debate foi proposto pela vereadora Lucia Antony (PCdoB) para marcar o Dia Internacional de Combate à Homofobia, comemorado em 17 de maio.
O plenário da Assembleia aprovou por 45 votos a um o PL 158, de autoria do deputado Raul Carrion, que instituir o Dia Estadual de Combate à Homofobia.