Com a construção a imagem da escritora, bela, famosa e festejada, ninguém imagina a sua imensa pobreza na infância.
Livro ‘Clarice na memória de outros’ traz a visão de 65 autores sobre a escritora, dentre as quais a dos ícones da MPB. Previsão é que o livro seja lançado em abril
Crônica escrita pela autora ao ministro da Educação durante o período da ditatura militar permanece atual
O brilho da escritora pernambucana nascida na Ucrânia é intenso no firmamento das escritoras. Seu centenário de nascimento se completou neste dia 10.
A autora completaria cem anos nesta quinta-feira (10). A erradicação da fome, tema da crônica “Daqui a Vinte e Cinco Anos”, continua longe de se tornar realidade
Poeta, compositora e multiartista, Beatriz Azevedo terá na apresentação a companhia de Moreno Veloso nas vozes, Jaques Morelenbaum no violoncelo e de Marcelo Costa na percussão, além da participação especial de Maria Bethânia interpretando textos de Clarice Lispector.
Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920 na aldeia de Chechelnyk, região da Podólia, então parte da República Popular da Ucrânia e hoje parte da moderna Ucrânia e morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes de completar 57 anos, em decorrência de um câncer de ovário. Deixou dois filhos e uma vasta obra literária composta de romances, novelas, contos e crônicas.
Por Carolina Maria Ruy*
Clarice Lispector é o tipo de escritora capaz de se alimentar com recursos mínimos de objetividade. Uma barata, trem ou ruído são mais que suficientes. Essa habilidade de redimensionar a banalidade deu vazão a um universo existencialista profundamente marcado pela fixação no aspecto ordinário da vida.
Por Fábio Guimarães Liberal*, no Le Monde Brasil
Quem passeia pela orla do Rio de Janeiro agora pode “encontrar” a escritora Clarice Lispector. Uma estátua dela, com seu fiel companheiro, o cão Ulisses, integra a paisagem da praia.
Às vezes enterramos nossos conceitos antes da hora, por medo de enfrentar seus limites. Isso vale para as noções de autor e de narrador, absorvidas gradativamente pela supremacia do personagem. Autoria maldita, inabordável metodologicamente como noção crítico-literária, impensável psicanaliticamente como expressão de auto-coerência, impraticável para um mundo em crescente escritura de si mesmo.
Por Christian Ingo Lenz Dunker*