O multimilionário empresário e político conservador Sebastián Piñera chega às vésperas das eleições como favorito para governar o Chile.
A retomada da discussão sobre a revisão da Lei de Anistia no Chile pode não avançar, diz o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), que acompanha a política chilena há cerca de 40 anos.
Durante os dias 3, 4 e 5 de dezembro os chilenos realizaram um grande funeral público para Victor Jara, em Santiago do Chile. Se passaram 36 anos de seu brutal assassinado para que, através de exames de DNA, fossem comprovadas as causas de sua morte: foi o resultado de múltiplos ferimentos na cabeça, no tórax, abdômem, braços e pernas. Foram 44 ferimentos à bala.
A seis dias da eleição presidencial no Chile, a Justiça mandou prender nesta segunda-feira (07) seis acusados de envolvimento na morte – por envenamento – do presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970), pai de Eduardo Frei, atual candidato governista e também ex-presidente (1994-1999).
Nem a longa espera e o sol quente foram suficientes para afastar os milhares de chilenos que acompanharam, com um cravo vermelho na mão, a despedida ao cantor Victor Jara, 36 anos após seu assassinato. Jará foi torturado e morto no estádio Nacional, uma pequena instalação esportiva vizinha ao palácio presidencial de La Moneda, pouco depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973.
O senador e ex-presidente Eduardo Frei, candidato da presidente Michelle Bachelet nas eleições presidenciais de domingo que vem (13), fez neste fim de semana acenos à esquerda chilena, de olho em um provável segundo turno, marcado para 17 de janeiro. Em segundo lugar nas pesquisas, ele enfrentaria o direitista Sebastián Piñera, da Coalizão pela Mudança, que encabeça as sondagens.
A campanha para as eleições do próximo dia 13 de dezembro já está na reta final e o horizonte não se vislumbra totalmente claro. A indecisão se deve principalmente ao candidato independente, Marco Enríquez-Ominami, que aparece nas últimas pesquisas em empate técnico com Eduardo Frei, o candidato governista.
Por Fernando de la Cuadra*, em Alai
Todos os governantes do mundo sempre recorrem ao truque de buscar algo sensacional, frequentemente preparado com antecedência, quando sua liderança está em queda e precisam desviar a atenção dos problemas reais que afligem o país. O presidente do Peru, Alan García, é um indiscutível campeão na modalidade de confundir o povo quando sua aceitação está em declínio.
Por Vicky Peláez, em Argenpress*
O Partido Comunista de Chile (PCC), que postula ao candidato presidencial Jorge Arrate, respaldou nesta sexta-feira (20) sua proposta de ou acordo mínimo ou entre três forças em carreira para evitar o triunfo da direita chilena.
Por sugestão do internauta Alipio Freire, a TV Vermelho reproduz vídeo da Humanidades TV sobre a violência da polícia chilena contra a luta pela autonomia universitária, bandeira do movimento estudantil latino-americano. Nas imagens, policiais lançam bombas de lacrimogêneo dentro do campus da Universidade da Fronteira (UFRO), em Temuco. O cinegrafista flagra a injusta detenção e agressão de Estefano Rosas Flores, estudante de Pedagogia da História, que não participou da manifestação.
A um mês das eleições, a pesquisa mais recente sobre a disputa presidencial no Chile, em 13 de dezembro, indica que o candidato conservador, Sebastián Piñera, ampliou a vantagem sobre o segundo colocado, o ex-presidente Eduardo Frei, e ambos devem disputar um segundo turno no dia 17 de janeiro de 2010.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, assinou um projeto de lei que, se aprovado pelo Congresso, limitará os poderes e a competência dos tribunais militares para julgar civis. Segundo a presidente, o objetivo é "um civil nunca mais seja julgado pela Justiça militar". Na prática, uma tardia adaptação aos padrões democráticos.