A presidente Dilma Rousseff convocou as seis centrais sindicais do país para uma reunião nesta sexta-feira (11) pela manhã, no Palácio do Planalto. Segundo o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, Dilma não estabeleceu pautas para a reunião. Mas os sindicalistas têm várias propostas para apresentarem à presidente Dilma.
A presidente Dilma Rousseff convocou as seis centrais sindicais do país para uma reunião na sexta-feira (11) pela manhã, no Palácio do Planalto. A ideia do encontro é reduzir as áreas de atrito entre o governo e as entidades, que viram a relação de apoio construída nos últimos anos transformar-se em críticas mútuas desde o início do ano.
Terminada a batalha do reajuste do salário mínimo, na qual a postura inflexível do governo federal estremeceu as relações com as centrais sindicais, a preocupação do movimento sindical se volta agora para as mudanças na Previdência que Dilma Rousseff pretende implementar sem consultar os trabalhadores. Além disso, as centrais sindicais querem debater e participar da criação de uma lei para fixar os reajustes das aposentadorias com valores maiores do que um salário mínimo.
A votação do novo salário mínimo precisa ser avaliada em dois aspectos. O mais importante foi a aprovação de uma política duradoura de valorização do salário mínimo. Durante todo o governo Dilma está assegurada a fórmula "inflação + PIB de dois anos anteriores" para reajustar o mínimo.
Por Nivaldo Santana*
A presidente Dilma Rousseff vai se encontrar com os representantes das centrais sindicais, provavelmente na semana que vem, para abrir uma pauta de negociações com os representantes dos trabalhadores. Dilma também encaminha nos próximos dias ao Congresso Nacional a medida provisória que reajusta em 4,5% a tabela do Imposto de Renda.
Com a participação de todos os movimentos sociais e de cinco das seis centrais sindicais – CTB, Força, UGT, Nova Central e CGTB –, o 1º de Maio Unificado de 2011 deve ser a mais ampla e representativa celebração do Dia do Trabalhador nos últimos 30 anos. Desde o histórico 1º de Maio de 1981, em São Bernardo do Campo (SP), uma comemoração da data não reunia um conjunto tão diversificado de forças e tendências do movimento.
A postura inflexível do governo nas negociações sobre o salário mínimo deixou sequelas na relação entre as centrais sindicais e a presidente Dilma Rousseff. Poucas lideranças explicitam mais esse descontentamento do que o presidente da Força Sindical e deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
Por André Cintra
No momento em que se debate uma política que valoriza o salário mínimo no Brasil, penso ser oportuno resgatarmos alguns aspectos dos rumos que sustentam alguns projetos político-econômicos no Brasil e no mundo.
Por Divanilton Pereira*
O governo Dilma Rousseff venceu fácil a sua primeira batalha no Congresso Nacional. A proposta de reajuste do salário mínimo para R$ 545 foi aprovada com folgada maioria pela base governista, demonstrando a força temporária desta hibrida aliança. A emenda do PSDB, que oportunisticamente propunha um aumento para R$ 600, foi rejeitada por 376 votos – nem sequer todos os tucanos votaram nela. Já a emenda do DEM, que defendia um reajuste para R$ 560, foi rejeitada por 361 votos.
Por Altamiro Borges
As centrais sindicais realizaram na manhã desta segunda-feira (14.02) um grande debate sobre a valorização do salário mínimo, reunindo sindicalistas e parlamentares estaduais e federais cearenses, entre eles o senador Inácio Arruda. Durante o evento, que aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários, representantes das centrais pediram o apoio e o voto dos parlamentares ao salário mínimo de R4 580,00 em 2011 e a aprovação de uma política permanente de valorização desse referencial de rendimento.
Os baianos também farão parte da mobilização nacional por um reajuste do salário mínimo acima dos R$ 545 propostos pelo governo. Convocados pelas seções estaduais das centrais sindicais (CTB, CGTB, Força, NCST e UGT), trabalhadoras e trabalhadores ocuparão o Aeroporto Internacional de Salvador, a partir da 5h30, desta terça-feira (15/2), para pressionar os parlamentares baianos a votarem em piso maior.
No início do mandato da presidente Dilma Rousseff, as centrais sindicais não apenas reivindicam o aumento real do salário mínimo para atender às suas bases. O movimento pretende influenciar os rumos da política econômica do governo, sem abrir mão das conquistas históricas obtidas na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.