Ex-chanceler afirma que submissão de Bolsonaro ao governo Trump fará com que o novo governo norte-americano não tenha “boa vontade” com o Brasil
Ex-ministro declara apoio a Benedita da Silva (PT) no Rio de Janeiro e a Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre
Para o ex-ministro das Relações Exteriores, as Forças Armadas aderiram ao bolsonarismo e vivem desmoralização no País
Ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff citou o artigo 4º da Constituição que trata da independência nacional. O texto estabelece que o Brasil não se submeterá a nenhum outro ordenamento jurídico
Mudanças geopolíticas com a pandemia de covid-19 devem agravar isolamento e irrelevância internacional do Brasil, além do perigo de comprar a agenda de segurança americana sem qualquer interesse nacional.
A próxima webconferência do ciclo Diálogo, Saúde e Democracia ocorre na terça-feira, 12 de maio, discutindo relações internacionais com mediação de Renato Rabelo e debate de Celso Amorim,Rubens Ricupero e Luis Fernandes. A partir das 14h30.
Ex-chanceleres e ministros de toda a Nova República pré-Bolsonaro se reúnem para atacar ‘diplomacia da vergonha’ Membros de seis governos afirmam que política externa brasileira tornou-se irracional e submissa a Washington sob Ernesto Araújo
Em artigo para o jornal britânico The Guardian, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chanceler de seu governo (2003-2010), Celso Amorim, analisam a crise provocada pelos EUA no Irã e defendem que “diálogo é a única resposta”. Leia a íntegra do texto.
O golpe na Bolívia, diz o ex-chanceler Celso Amorim, foi uma reação aos levantes populares no Chile e no Equador e à eleição de Alberto Fernández na Argentina e integra a disputa intestina pelo poder na América do Sul. Por experiência própria, o ex-ministro, que mediou em 2008 conflitos no país, conhece a veia “conspiratória” da oposição boliviana e a influência profunda dos Estados Unidos na região.
Por Sergio Lirio
Há duas coisas em comum entre os países latino-americanos: a grande desigualdade e a dependência em relação às grandes potências, principalmente os EUA. “São coisas centrais que mexem com a política na região. De alguma maneira, o povo latino-americano está mexendo nisso e reações virão. Essa coisa que está acontecendo na Bolívia é uma reação.”
O ex-ministro das Relações Exteriores participou de um debate sobre os acontecimentos recentes nos países latino-americanos e o atual contexto brasileiro. Para Amorim, é preciso que haja uma mobilização contra a agenda neoliberal. “O neoliberalismo pode até ser forte, mas o povo é mais forte.”, enfatizou o diplomata.
Foi com grande surpresa e uma ponta de indignação que li o artigo de Fábio Zanini comparando a diplomacia do desgoverno Bolsonaro com a do governo Lula, ao qual tive a honra de servir como chanceler.
*Por Celso Amorim