Neste domingo (1º de outubro), na Catalunha acontece o referendo pela independência, que Madri qualifica de ilegal. O Tribunal Constitucional da Espanha invalidou todos os documentos relacionados com a votação aprovados pela Generalitat e pelo Parlamento catalão. Assim, o Tribunal qualificou de ilegais todas as ações das autoridades catalãs quanto ao referendo.
São 22 horas em Barcelona, cinco a mais que no Brasil. Em algum “balcón”, ou numa “ventana” dos mais diversos “pisos” barceloneses, alguém inicia um som inconfundível, “las cacerolas” estão de volta, começa o “cacerolazo” de todos os dias. Não! Aqui não tem Jornal Nacional e nem Globo News, e nenhuma autoridade está falando em nenhum canal. O movimento aqui é voluntário.
Por Remi Castioni e Manoel Lucas Filho*
O longo e penoso processo de unificação do atual formato do Estado espanhol remonta ao século 15. O famoso casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela deu início a um lento processo de conquista militar e política dos reinos ibéricos, aí incluída a região da Catalunya.
Por Paulo Kliass*
O governo espanhol advertiu nessa quinta-feira (14) que usará a lei do país para barrar o referendo autodeterminante de independência na Catalunha, com a inicialização do processo prevsita para a quinta feira (15), segundo o governo da região
A Catalunha irá realizar um referendo sobre sua independência no dia 1 de outubro, não importa a posição do Tribunal Constitucional espanhol, afirmou o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, em entrevista ao jornal Le Figaro nesta segunda-feira (24).
A coligação independentista que governa a Catalunha, Junts pel Si (Juntos pelo Sim), com o apoio da Candidatura de Unidade Popular (CUP), registrou no Parlamento a primeira das três leis que deverão marcar a ruptura com o Estado espanhol.
O partido de esquerda catalão Candidatura de Unidade Popular (CUP), pró-independência, anunciou nesta segunda-feira que não apoiará uma declaração unilateral de independência, porque os separatistas ficaram abaixo de 50% de votos nas eleições.
O presidente da Liga de Futebol Profissional (LFP) Javier Tebas disse nesta segunda-feira (21) ao site de notícias Goal.com que o Barcelona e o Espanyol – dois clubes da Catalunha na primeira divisão – não poderão jogar na Liga Espanhola se a região se tornar independente da Espanha.
Uma eventual independência da Catalunha teria importância além das fronteiras da península Ibérica e abalaria as bases da União Europeia, avalia Quim Arrufat, deputado no parlamento catalão pela Candidatura d'Unitat Popular-Alternativa d'Esquerres (CUP-AE, esquerda independentista).