Primeira folia da era Bolsonaro teve críticas ao presidente e Governo. Na noite de terça, ele reagiu no Twitter ao postar vídeo de homem urinando em outro quase nu e associar cena a blocos de rua.
Por Joana Oliveira, do El Pais
Dentre os belos sambas deste ano, destaco de modo muito singular o samba-enredo da Estação Primeira.
Por Padre Gegê
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), deu a melhor resposta ao presidente Bolsonaro sobre o Carnaval, que publicou um vídeo obsceno no Twitter para atacar a folia.
A cantora Elza Soares criticou a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), para quem pais de meninas deveriam fugir com elas do Brasil. “Deixar o país agora é covardia. O país precisa da gente”, disparou Elza, que emendou: “Brasileiro nunca foi covarde. A gente enfrenta! Vamos morar no quintal dos outros? Lute pelo seu quintal!”
Pela primeira vez na história do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai caiu do Grupo Especial para o Grupo de Acesso. O rebaixamento levou personalidades negras da Cidade – como o professor universitário Silvio Almeida, a filósofa Djamila Ribeiro e a deputada estadual Erica Malunguinho – a assinarem uma carta aberta em solidariedade à instituição.
No Maranhão, o Carnaval é sinônimo de todas as cores, todas as expressões e todos os ritmos! A programação oficial da folia em São Luís contou com 267 apresentações em 12 palcos, e teve um elemento que já é marca registrada do carnaval maranhense: a diversidade de ritmos.
Fábrica de sonhos, festa demoníaca, desperdício de energias e dinheiro, expressão do modo de viver de nossa gente ou alegria guerreira. Depende do olhar de quem o vive, presencia ou analisa.
Talvez chamar o carnaval de fábrica de sonhos seja impróprio: os sonhos o precedem, durante a festa apenas se exteriorizam, extravasam de múltiplas formas.
Por Luciano Siqueira*
“Quando se ataca a arte de um país, quando se ataca os ‘artistas’ brasileiros, se ataca a alma do povo desse país. Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte”
Nem mesmo o esquema reforçado de segurança evitou que os bonecos gigantes representando o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle fossem alvo de vaias e uma "chuva" de latas de cerveja, refrigerante e até pedras de gelo, na manhã desta segunda-feira, 4, durante o tradicional desfile pelas ladeiras de Olinda.
Na madrugada desta terça (5), a partir de 1h35, a Paraíso do Tuiuti entrará na Marquês de Sapucaí com o enredo "O Salvador da Pátria". Trata-se de uma homenagem ao ex-presidente, com paralelismo com sua história de vida – nos tempos obscuros de um regime neofascista, os compositores da escola foram prudentes e não mencionaram o nome de Lula.
Instituição pediu que não sejam coibidas manifestações de cunho político nos blocos mineiros. Porta-voz da PM confirma pedido de que não fossem feitas manifestações nesse sentido.
Por artes do calendário, Jair Bolsonaro fecha o segundo mês de seu operoso governo – sobretudo no campo da citricultura – e imediatamente começa o Carnaval. Soa como uma intervenção da Providência, uma trégua na desgraça em favor da graça. Que já está sendo aproveitada como réplica irreverente ao mais atabalhoado e tragicômico governo da história da república.
Por Ayrton Centeno, do BdF