Para lembrar o Dia Internacional do Direito à Verdade e os 51 anos do Golpe de Estado que interrompeu a democracia brasileira em 1964, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça realizará nesta semana, em Belo Horizonte (MG), a 89ª Caravana de Anistia, a primeira do ano.
Na próxima terça-feira (4), a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça julgará permissão de anistia política a 15 cidadãos brasileiros, filhos de presos políticos durante a ditadura militar. O julgamento será no Plenarinho da Câmara Municipal de São Paulo, às 14h30, e constitui a 81ª. Caravana da Anistia.
Com o objetivo de dar mais um passo na luta pela verdade e justiça no Brasil, a Comissão da Anistia, através da Caravana da Anistia, informa que ocorrerá no próximo dia 20 de setembro, na Universidade de Brasília (UNB), mais uma Caravana da Anistia.
Entre os dias 14 e 16 de junho ocorrerá, em Ibiúna/SP, o 11º Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), evento que terá como tônica o resgate da luta juvenil contra a opressão do regime militar. Na oportunidade, a Caravana da Anistia do Ministério da Justiça promoverá ato de concessão de anistia aos estudantes presos pela ditadura militar em 1968 na cidade de Ibiúna, durante o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Joanne Mota, do Vermelho em São Paulo
Na manhã deste sábado (08), no Memorial da Resistência, em São Paulo, a Caravana da Anistia julgou e concedeu anistia política ao padre José Eduardo Augusti, que foi considerado vítima da repressão política ocorrida no país durante a ditadura militar. O sacerdote foi declarado anistiado político por unanimidade.
Os casos de de Daniel Carvalho de Souza, Maria Cristina da Costa Lyra e Maria Célia de Melo Lundberg foram apreciados nesta segunda-feira (8) pela Caravana da Anistia, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça na sua edição de número 62. A sessão ocorreu no Armazém da Utopia, espaço do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, onde ocorrem debates e sessões populares.
O auditório abarrotado da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) não comportou todos os participantes da 61ª Caravana da Anistia na manhã desta sexta-feira (17).
Durante a ditadura militar no Brasil, de 1964 a 1985, muitos brasileirosque não aceitaram o regime ditatorial sofreram com a censura, perseguição política e principalmente com a repressão, sendo que muitos deles perderam até a vida de forma cruel.
A 55ª Caravana da Anistia, dedicada exclusivamente a ex-presas e perseguidas políticas, fez história. Sete mulheres combatidas injustamente no regime militar (1964-1985) foram indenizadas nesta sexta-feira (9), em sessão especial da Comissão de Anistia (CA) do Ministério da Justiça, na Cinamateca Brasileira, em São Paulo. A anistia oficial do Estado a essas vítimas da ditadura integrou as comemorações do 8 de Março – Dia Internacional da Mulher.
A quarta-feira (29/2) foi de comemoração para as famílias de 120 ex-operários do Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, que foram demitidos e perseguidos após participarem de um movimento grevista em 1985. Após 27 anos de espera, a 54ª Caravana da Anistia do Ministério da Justiça finalmente reconheceu o direito da maioria destes trabalhadores de receberem uma indenização pelos danos causados por esta perseguição.
Familiares, amigos, companheiros de luta e defensores da democracia lotaram o Teatro Vila Velha, em Salvador, na última segunda-feira (5/12), para celebrar o centenário de Carlos Marighella e ouvir o Estado Brasileiro pedir perdão ao líder guerrilheiro perseguido, preso e morto pelo regime militar. Este vídeo do Vermelho Bahia mostra um pouco do que foi esta sessão histórica da 53ª Caravana da Anistia.
Depois de dois dias, a 53ª Caravana da Anistia encerrou os trabalhos nesta terça-feira (6/12), em Salvador, com o julgamento de 17 processos e pedido de perdão aos presos e perseguidos políticos ou à sua família, como aconteceu no caso de Carlos Marighella, anistiado "post mortem" na segunda-feira. Com a anistia, o Estado Brasileiro reconhece oficialmente os erros cometidos contra os militantes, que lutaram contra duas ditaduras: o Estado Novo (1937- 1945) e o Regime militar (1964-1985).