"O capitalismo global nos levou à beira da ruína", afirmou o cineasta João Amorim, autor do documentário 2012: Tempo de Mudança, que conta entre seus protagonistas com o cantor Sting e o diretor David Lynch.
Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas – sobretudo bancos – tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global. A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça. Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global. Na New Scientist, reproduzido na Carta Maior.
Nota preliminar: Não confundir o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) com os atuais fundos de socorro europeus, o MESF e o FESF.
Por Rudo de Ruijter [*]
Há uma semana, centenas de indignados vindos de toda a Europa se instalaram na capital belga para participar da Ágora Internacional Bruxelas, uma antessala da manifestação mundial que está sendo realizada neste sábado (15). “O maior perigo que nos ameaça é a passividade”: essa é a consigna com a qual trabalha todos aqueles que vieram a Bélgica através de uma marcha de 1.200 quilômetros. Leia reportagem produzida por um correspondente da Carta Maior, Eduardo Febbro, de Bruxelas.
Barack e Michelle Obama se casaram no dia 03 de outubro de 1992, em Chicago. Completaram, portanto, na última segunda-feira, 19 anos de casados. Mas a comemoração aconteceu no último sábado.
Por Eliakim Araújo*
O tranquilo Parque Zucotti, em Manhattan (EUA), costuma ser um lugar para os financistas de Wall Street espairecerem durante o almoço. Contudo, desde 17 de setembro, se transformou em acampamento de centenas de manifestantes do movimento Ocupemos Wall Street (Occupy Wall Street). Manifestantes de todo o país estão aderindo ao movimento que questiona as injustiças do capitalismo e pede mais democracia e liberdade individual.O linguista Noam Chomsky e o raper Immortal Technique apoiam o ato.
A crise do capitalismo é tão profunda que até os líderes dos EUA e da União Europeia e os ideólogos do neoliberalismo assumem essa realidade. Estão alarmados por não enxergarem uma solução que possa deter a corrida para o abismo. Esforçam-se sem êxito para que apareça luz no fim do túnel.
Por Miguel Urbano Rodrigues, no Avante!
O primeiro-ministro inglês não tem dúvidas. As revoltas nas ruas das cidades inglesas são apenas "criminalidade". Resultam de um "colapso moral" e de: "Irresponsabilidade. Egoísmo. Comportamentos que ignoram as consequências dos próprios atos. (…) Recompensas sem esforço. Crime sem castigo. Direitos sem responsabilidades" (CNN, 15.8.11). Alguém deveria oferecer um espelho a David Cameron.
Por Jorge Cadima, em Avante!
A desclassificação do crédito do governo estadunidense e as reviravoltas na bolsa de valores deixam adivinhar mais cortes orçamentais, nova quebra econômica e mais desemprego e dificuldades, a não ser que se desenvolva uma resistência forte e de massas.
Por Fred Goldstein, no diario.info
Acompanhe aqui uma apreciação crítica dos dez postulados que continuam a inspirar as decisões dos poderes públicos em toda Europa, apesar de a realidade desmentir os atos com a crescente voracidade da crise financeira. As decisões baseiam-se em falsas evidências que geram medidas injustas e ineficazes, diante delas, apresentamos vinte e duas contrapropostas. Nem todas são unanimemente apoiadas, mas devem ser tomadas a sério ou a Europa continuará no atoleiro em que se meteu
A profunda crise da economia dos Estados Unidos, que após impasse no Congresso norte-americano, aumentou o teto da dívida daquele país em US$ 2,1 trilhões, é, na opinião do deputado João Ananias (PCdoB-CE), sinal claro de exaustão do modelo capitalista. Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (2), o parlamentar anunciou que “o capitalismo exauriu sua capacidade de superar sua histórica crise, que vem se avolumando e se alastrando para nações ‘top de linha’”.
O aparecimento de dois novos elementos reestruturadores do capitalismo na passagem do século 20 para o 21 torna ainda mais complexo o entendimento acerca do seu funcionamento. Em primeiro lugar, o movimento de reestruturação do capital global decorre do colapso na liderança dos dois blocos de países que até pouco tempo atrás organizavam o mundo, a partir do final da 2ª Grande Guerra, quando os Estados Unidos assumiram, de fato, a posição de centro hegemônico capitalista.
Por Marcio Pochmann*