O Banco Central mantém a política de comprar dólar no mercado para tentar para impedir a sobrevalorização do real. A justificativa é nobre: salvar as exportações de manufaturados. A moeda norte-americana, todavia, segue ladeira abaixo (nas suas pegadas virá o euro), e nossos produtos permanecem perdendo espaço, porque há outros fatores não considerados, como o chamado “Custo Brasil”, e o baixo índice de inovação de nossa indústria.
Por Roberto Amaral, na Carta Capital
O Banco Central Europeu (BCE) acaba de despejar mais 529 bilhões de euros no sistema financeiro da União Europeia, em socorro a centenas de bancos abalados pela crise da dívida na região. Os efeitos da iniciativa para a zona do euro são duvidosos e contraditórios. Mas não é difícil avaliar o que significa para a economia mundial. É mais lenha na fogueira da guerra cambial.
Por Umberto Martins*
O governo anunciou novas medidas para conter a excessiva valorização do real ante o dólar. O Decreto 7.683, publicado nesta quinta (1º/2) no Diário Oficial da União, altera o prazo de dois para três anos da cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 1º de março de 2012.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta quinta-feria (1º/3) as medidas adotadas pelo governo para evitar uma valorização excessiva do real e disse que a equipe econômica não ficará assistindo à guerra cambial de forma impassível. Hoje, novas medidas foram anunciadas para conter a excessiva valorização do real ante o dólar.
Pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada nesta quarta-feira (29) aponta que a taxa de desemprego subiu de 9,1%, em dezembro, para 9,5% em janeiro de 2012.
Joanne Mota, da Redação do Vermelho
Em setembro, a soma de dólares que entraram no país superou a das que saíram em US$ 8,484 bilhões. Segundo divulgou, hoje, o Banco Central (BC), no mesmo período do ano passado, o fluxo cambial também foi positivo, mas com saldo maior: US$ 13,726 bilhões.
Para conter a alta do dólar, o Banco Central (BC) promoveu nesta segunda (3) a mais forte intervenção no mercado futuro de câmbio desde o agravamento da crise financeira internacional. A autoridade monetária vendeu US$ 5,3 bilhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
Assim como quem não quer nada, o dólar, no mercado cambial brasileiro, está escalando para novos níveis de valorização, pelo menos no curto prazo. O movimento, segundo analistas, pode levar a cotação a R$ 1,70 ou mesmo R$ 1,75, ainda em outubro, conforme detalha reportagem do colega Fernando Travaglini, no “Valor” desta sexta-feira.
Por José Paulo Kupfer*
Na terça-feira (2), a presidente Dilma Rousseff lançou o “Plano Brasil Maior”, que seria, segundo anunciado, uma política industrial.
Por Carlos Lopes
O real valorizado em mais de 30% anulou a proteção dada à indústria brasileira pelas tarifas de importação e induziu um processo de desindustrialização. As alíquotas aplicadas representam hoje incentivo para as importações em 25%, já que estão na prática em níveis negativos comparado ao que o país negociou na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Entregue às expectativas (como diria?) benfazejas dos mercados, nosso real prosseguiria — se é que não vai prosseguir — em sua trajetória de valorização diante do dólar e de outras moedas. A moeda americana dobra os joelhos sob o peso das injeções de liquidez inoculadas pelo Federal Reserve (para não falar das incertezas desatadas pelo acordo precário celebrado entre democratas e republicanos para encaminhar a elevação do teto da dívida).
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no Valor Econômico
Com as novas medidas cambiais, publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União, o governo pretende cobrar um pedágio sobre determinadas operações e dificultar a ação de especuladores, que apostam cada vez mais na valorização do real e na queda do dólar, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.