Os moradores de Brumadinho e região, em Minas Gerais, continuam a sofrer com a tragédia da Vale, iniciada em 25 de janeiro, com o rompimento de uma barragem da mina Córrego do Feijão. O mar de lama que se formou, potencialmente rico em metais pesados perigosos à saúde, já começa a oferecer riscos à saúde dos moradores na região.
Um grupo de 80 pessoas protestou nesta sexta-feira (1/2) em frente à sede da mineradora Vale, na Praia de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro (RJ). Foi o segundo ato apenas nesta semana.
O Partido Comunista do Brasil externou seu “profundo pesar pelas vítimas do crime social e ambiental” cometido Vale em Brumadinho. Em nota, o partido afirma ainda que o fato não é apenas um crime ambiental e, sim, “um crime de grandes proporções contra o trabalho, uma tragédia cometida pela ganância do capital”. Os comunistas defendem que os responsáveis sejam processados e punidos e o ‘ocorrido desperte um movimento de denúncia contra as privatizações prometidas pelo governo federal’.
A Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO) também se manifestou em solidariedade às vítimas do desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), de propriedade da Vale S.A. Em nota, a entidade condena o sucateamento e desmonte dos órgãos técnicos e de fiscalização nas áreas de geociências e engenharia, e denuncia a responsabilidade de autoridades públicas federais e estaduais.
A Federação Brasileira de Geólogos (FEBRAGEO) denunciou em nota oficial o sucateamento e o desmonte dos órgãos técnicos e de fiscalização nas áreas de geociências e engenharia. Segundo os especialistas na área, a tragédia de Brumadinho é um dos efeitos deste desmonte.
Também aqui impactado com as notícias que chegam a cada minuto de Brumadinho, minha memória remeteu-me a 1997. Graças à uma imagem da capa de uma edição da Folha de São Paulo daquele ano que circula pela internet. Nela, estou com o nariz sangrando trocando porrada (em desvantagem) com policiais militares no Rio de Janeiro, em frente à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Especialistas alertam ainda para risco na possível flexibilização de leis ambientais, proposta nos últimos meses
A Vale e Bolsonaro são as mais perfeitas expressões do capitalismo neoliberal no mundo.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos*
A criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi mais uma das muitas decisões estratégicas adotadas por Getúlio Vargas. Com um projeto bastante definido a respeito dos rumos de um desenvolvimento nacional autônomo, ele deixou um legado fundamental para o futuro da sociedade brasileira. A constituição de uma empresa pública federal para se ocupar da exploração da riqueza do subsolo (em especial o minério de ferro) ocorreu mais de uma década antes do lançamento da Petrobrás.
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Abalados e na espera de informações sobre centenas de colegas desaparecidos no desastre de Brumadinho (MG), funcionários da Vale estão se mobilizando para exigir mudanças no modelo de produção, incluindo a utilização de tecnologias já existentes para eliminar rejeitos da mineração.
O economista Paulo Kliass considera que o crime ambiental de Brumadinho, que ocorreu na última sexta-feira (25), assim como o que ocorreu em Mariana, é crime decorrentes de outro tão grave quanto: a privatização da Vale. Empresa de um setor tão fundamental quanto a Petrobrás e que cumpria um papel para toda a sociedade brasileira. Hoje só visa o lucro.