A truculência com que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, tratou a reivindicação salarial dos bombeiros repercutiu negativamente entre diversas entidades do Estado. Elas condenaram a ação e pediram a libertação dos trabalhadores presos.
O número de bombeiros e parentes acampados nas escadarias do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio, começa a aumentar e a expectativa da categoria é que cheguem bombeiros de todos os quartéis do estado.
A manhã desta segunda-feira (6), no Rio de Janeiro, foi marcada, em vários pontos da cidade, por protestos de pequenos grupos de bombeiros e parentes em apoio aos militares presos na madrugada de sábado (4), após a invasão do quartel central da corporação. O movimento dos bombeiros do Rio é por melhores salários e condições de trabalho.
A Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro se reúne nesta segunda-feira (6) com representantes de outras entidades para traçar os rumos das negociações com o governo do estado por melhores salários e condições de trabalho.
Os bombeiros decidiram acampar em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) até que o Estado solte os 439 manifestantes presos durante a invasão do quartel central na sexta-feira (3), na capital fluminense.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Nilo Guerreiro, condenou a forma como a tropa de choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM invadiram neste sábado (4) o quartel central do Corpo de Bombeiros para dispersar a manifestação iniciada na noite de sexta (3). Segundo Guerreiro, a entrada do Bope no quartel foi muito violenta.
A presidente estadual do PCdoB no Rio de Janeiro, Ana Rocha, emitiu na tarde deste sábado (4) declaração em que considera “lamentável a crise que se instalou no estado e no coração da corporação militar”.