O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou, neste domingo (13), que tanto a Constituição do seu país como a convicção do movimento que ele dirige não permitirão que se instale nenhuma base militar, “muito menos dos Estados Unidos, porque, na história da América Latina, onde há uma base militar, há golpes e a democracia não é respeitada.” Ele disse ainda que vai apoiar a causa dos bolivianos ilegais na Espanha que buscam regularizar suas situações.
A instalação de sete bases militares dos Estados Unidos na Colômbia reabriu o debate sobre o pretexto utilizado pelo país norte-americano para encobrir seu real objetivo na América Latina. O Plano Colômbia foi justificado como forma de combater o narcotráfico, já que a maior parte das drogas produzidas seria consumida nos EUA. Mas, de acordo com o coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, Sued Castro Lima, a grande maioria das drogas consumidas nos EUA é produzida no próprio país.
O grande teórico militar O grande teórico militar Karl von Clausewitz insistia que a guerra moderna é "a continuação da política por outros meios". Com isso, o general prussiano postulava que a guerra é "um ato político" e, como tal, "se constitui em um ato de força que se leva a cabo para obrigar o adversário a acatar a nossa vontade".
Por Carlos Rivera Lugo*, no Rebelión
O conteúdo do acordo com os Estados Unidos para permitir a presença de militares norte-americanos em sete bases colombianas é um mistério. Mas de duas coisas já se sabe com certeza: que o acordo ainda não foi assinado e que a imunidade judicial para os militares norte-americanos é um dos pontos que continuam em discussão.
Por Juanita León*, no Opera Mundi
Um total de treze bases militares dos Estados Unidos, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo do tipo “cooperação e assistência técnica em defesa e segurança”, que a Colômbia vai assinar com os Estados Unidos, e que permitirá que soldados norteamericanos utilizem sete novas bases militares na Colômbia, o número chegará a vinte.
El País é o principal jornal da Espanha. Algo assim como o Estadão ou a Folha de S. Paulo. É o jornal da elite dominante espanhola. Para variar, conservador e de direita também. No seu número de 03/08 traz duas matérias sobre a segunda fase do Plano Colômbia e as bases militares que os EUA vão instalar no país. Até aí, ‘tudo bem’. O impressionante é que um jornal do peso do El País analisa o problema única e exclusivamente pela ótica do governo colombiano e do Departamento de Estado americano.
A Colômbia não poderá oferecer garantias de segurança a ninguém, assim que os Estados Unidos usarem sete bases militares colombianas, afirmou hoje o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em sua coluna de imprensa "As Linhas de Chávez".
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai realizar audiência pública para discutir as bases militares na Colômbia. A proposta foi apresentada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que manifestou preocupação com a ocupação das sete bases colombianas por militares dos Estados Unidos, formando um eixo de militarização entre o Pacífico e o Caribe a partir do território vizinho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, nesta segunda-feira (10), durante cúpula da Unasul, "convocar" o americano Barack Obama para discutir com os 12 presidentes do bloco desde o uso de bases militares colombianas pelos EUA até a reativação da 4ª Frota. Apesar das queixas – em especial da Venezuela – sobre a ampliação da presença militar dos EUA na região, a declaração final do evento não conteve uma condenação explícita.
O líder e ex-presidente de Cuba Fidel Castro disse nesta segunda-feira, 10, que os argumentos utilizados para o estabelecimento de sete bases militares dos EUA na Colômbia é um insulto à inteligência e assegurou que o verdadeiro objetivo dos americanos é o controle dos recursos econômicos, o domínio dos mercados e a luta contra as mudanças sociais. Segundo seu novo artigo, as instalações poderão ser usadas para agredir outros países latino-americanos.
O que Uribe pretendeu com sua frenética viagem pela América do Sul? Nada menos que vender uma iniciativa tóxica, para utilizar a linguagem imposta pela crise capitalista. Ou seja, justificar a escalada da ofensiva militar do império com o propósito de reverter as mudanças que nos últimos anos alteraram a fisionomia sociopolítica da região.
Por Atilio Boron, no ArgenPress
Depois de duas semanas de queixas e mal-estardos governos sulamericanos, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou, nesta sexta-feira (07), que o país não "tem nenhuma intenção" de instalar bases militares na Colômbia. Os EUA querem apenas "melhorar os laços de cooperação", jusificou, durante entrevista para a imprensa latino-americana, antes do encontro do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) no México amanhã.