Nos últimos anos, o Brics, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, deixou de ser uma sigla e passou a ser uma coalizão. A velocidade do Brics como organização surpreende a muitos. A ideia agora é tirar do papel a estrutura de um banco próprio que vai ajudar nos projetos de desenvolvimento dos países emergentes. O Congresso Nacional brasileiro aprovou a iniciativa em 3 de junho.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ressaltou a importância da criação do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A senadora participou em Moscou, no início da semana, do Primeiro Fórum Parlamentar dos cinco países.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21) a criação de um banco de desenvolvimento com atuação internacional ligado ao Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O objetivo é financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável (públicos e privados) dos próprios membros do bloco e de outras economias emergentes.
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (7) o acordo assinado pelo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que cria um banco de desenvolvimento com atuação internacional. O acordo foi assinado em Fortaleza no ano passado. O bloco representa 42% da população mundial, 26% da superfície terrestre e 27% da economia do planeta.
Ao retornarem do recesso parlamentar em fevereiro, senadores terão dois assuntos prioritários para votar: o acordo que cria o Banco do Brics, incumbido de fomentar políticas de desenvolvimento em infraestrutura nos cinco países que compõem o bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos Brics, que cria um fundo com recursos de todos os membros para ser acessado pelos países do bloco em momentos de crise.
A China tem 39,95% do peso na votação do Arranjo Contingente de Reservas (ACR) do Brics, a maior participação entre os cinco países membros do bloco, segundo o Banco Popular da China, o Banco Central do país.
Um dia após o fim da Copa do Mundo no Brasil, terá início a 6ª Cúpula do Brics (sigla do grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Fortaleza e Brasília serão as cidades anfitriãs do encontro, que será realizado em 14, 15 e 16 de julho, para assentar, finalmente, uma arquitetura financeira de novo cunho, com o slogan: “Crescimento inclusivo e soluções sustentáveis.”
Por Ariel Noyola Rodríguez*