Quem assistiu o filme Bacurau, de Kleber Mendonça, sabe que pra escapar de presepadas, a primeira coisa a fazer é se recolher em casa e se preparar para o pior.
Para Kleber Mendonça Filho, “o cinema é desmantelado diariamente” no Brasil
Quero deixar aqui consignada a minha exortação enfática e solene: 2020 é ano de descascar o bambu em tudo que é gado, marreco, pato e tucano! E vamos parar, por favor, de pregar que “ao ódio se responde com amor”. O bateu/levou, como se sabe, é a mais importante ferramenta pedagógica da história da humanidade.
Longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles fala de força social e justiça popular, leva mais de 730 mil pessoas aos cinemas e é prova viva de um diálogo real com seus espectadores
Filme não é ensaio sociológico e arte não é ciência (mesmo ‘humanas’). Este parece ser um bom mote para contrapor o tom dominante nas críticas sobre ‘Bacurau’, nova obra de Kleber Mendonça, em codireção com Juliano Dornelles.
Por Fernão Pessoa Ramos*