São muitas as interrogações em torno do atentado de 15 de abril em Boston. A incredulidade da versão oficial dos acontecimentos é afogada na água turva da torrente dos media, visando a instilação de um clima de irracionalidade e fobia securitária que não se limita às fronteiras dos EUA. Apesar das diferenças, é inevitável a sensação de déjá vu e a analogia com o 11 de setembro de 2001.
Por Luís Carapinha, do Avante!
A mãe de Tamerlan Tsarnáev, um dos suspeitos do atentado de Boston que foi morto na sexta-feira (19) durante um suposto tiroteio com a política, disse no sábado (20) que seu filho era vigiado de três a cinco anos pelo Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e assegurou que o jovem era inocente das acusações que lhe foram lançadas.
Ao menos 5 militares terceirizados da Craft, uma empresa americana de mercenários, estavam operando na cena do crime com mochilas pretas semelhantes às usadas para carregar as panelas de pressão com as bombas.
Várias informações sobre a origem russa dos supostos terroristas de Boston têm sido manchete nos veículos internacionais. Em resposta, observadores russos apontam lacunas nas iniciativas antiterrorismo dos Estados Unidos.
Por Pável Kochkin, Ekaterina Zabrovskaia, Artiom Zagorodnov, na Gazeta Russa
Djokhar e Tamerlan Tsarnaev, dois irmãos oriundos da Tchetchênia, foram identificados nesta sexta-feira (19) como os supostos autores do atentado perpetrado na segunda-feira durante a Maratona de Boston, disse uma fonte oficial.
Os jornais brasileiros se socorrem de agências internacionais para concorrer pela primazia de oferecer o material mais interessante sobre o atentado ocorrido em Boston, nos Estados Unidos, na segunda-feira (15).
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
Em declaração da diretora de Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores, Josefina Vidal Ferreiro , Cuba condenou os atos terroristas perpetrados na última segunda-feira (15) em Boston, que causaram lamentáveis perdas de vidas e mais de uma centena de feridos.
A Inspire, a revista eletrônica oficial da rede terrorista Al-Qaida em inglês, critica em seu número 7, online desde 27 de setembro deste ano, o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad por ele ter feito questionamentos sobre os ataques de 11 de setembro de 2001.
Qualquer pessoa que tenha dúvidas sobre o colapso das Torres Gêmeas no dia 11 de setembro de 2001 conhece a síndrome. Os seus amigos perguntam-lhe invariavelmente: então tu acreditas na teoria da conspiração?
Por Alejandro Nadal, no Informação Alternativa
Embora sempre tenha existido uma ideia de aproximação entre terrorismo e crime organizado transnacional, depois dos ataques terroristas de 11 de setembro, analistas passaram a defender que essa interação tendia a aumentar. Para o pesquisador da PUC-SP, Paulo Pereira, contudo, mais que uma realidade, essa é uma percepção que foi construída pelas agências de inteligência e aplicação da lei norte-americana, com o objetivo de ampliar suas prerrogativas de atuação e angariar mais recursos.
Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 marcaram uma espécie de reação bipolar da América Latina. A princípio, o continente viveu a ilusão da retomada do alinhamento com os Estados Unidos, mas, depois, resistiu às pressões norte-americanas e consolidou na região uma política de defesa própria. Esta é a opinião de Monica Hirst, da Universidade Torcuato Di Tella, que participou nesta quinta (15) do seminário “11 de setembro – o mundo depois de uma década de guerra contra o terror”.
Quando eu era criança, ainda na década de 40, aprendi com meus pais a ler as notícias nos jornais – Estadão e Folha da Manhã – com um “coador” para eliminar as intenções políticas conservadoras e compreender nas “entre linhas” a realidade. Foi uma boa escola que hoje me permite acompanhar na TV o que vai pelo Brasil e pelo mundo com maior objetividade, graças, também, ao conhecimento direto que adquiri na vida como militante comunista.