Um jornalista britânico pergunta, no Independent, se haveria a mesma comoção se o atentado contra o Charlie Hebdo tivesse como alvo uma publicação de extrema direita. Respondo com uma pergunta. Alguém consegue imaginar uma marcha, no Brasil, que congregue pessoas emocionalmente arrasadas que segurem cartazes que digam: “Sou a Veja?” Ou mesmo: “Sou a Globo?” Ou ainda: “Sou a Folha?”
Por Paulo Nogueira, no DCM*
Em sua coluna publicada nesta terça-feira (13) na Folha de S.Paulo, o jornalista Jânio de Freitas, faz uma crítica contundente à "marcha da paz em Paris". Segundo ele, a manifestação pouco representa em avanços concretos contra o terror. “Olhar para aqueles chefes nacionais é ter a percepção antecipada do insucesso a que estão fadadas, por longo tempo, as medidas que essa gente aprove contra as aflições do mundo”.
A presidenta Dilma Rousseff, por meio de nota divulgada neste sábado (10), reiterou sua mensagem de solidariedade ao povo e ao governo francês pelos sucessivos ataques terroristas que vitimaram os membros da redação de Charlie Hebdo, policiais e cidadãos daquele país.