Posições recentes de ministros do Supremo contrariam proteção dos direitos desses trabalhadores. Julgamento pode impactar mais de 1 milhão de brasileiros
Dos processos já finalizados, 5.555 terminaram com vitória das empresas, enquanto 2.388 foram vencidos por trabalhadores
Motoristas e entregadores reclamam da falta de perspectivas em pautas como saúde e segurança, transparência dos algoritmos e jornada de trabalho. Plataformas resistem em negociar uma regulação mais justa.
O Brasil tem hoje mais de 3 milhões de prestadores de serviços para plataformas digitais. A maior preocupação de entregadores e motoristas de aplicativos é manter a flexibilidade e os ganhos.
Ao analisar 485 decisões judiciais quanto a vínculo empregatício, em menos de 6% das decisões foi reconhecido vínculo entre plataforma e empregador. Uber e 99 Pop lideram em número de judicializações.
Motoristas uberizados são, em sua maioria, homens, entre 20 e 50 anos, desempregados, que já rodaram por diversas outras atividades profissionais, inclusive na informalidade. Já os entregadores são mais jovens, negros, da periferia, e estão se inserindo pela primeira vez no mercado de trabalho.
Desde 2016, os trabalhadores informais de aplicativos como Uber, Rappi e iFood praticamente dobraram
Apresentada nesta quarta-feira (1º), proposta define quem são entregadores e quais empresas se enquadram no novo modelo de negócio