O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, foram intimados mais uma vez nessa quinta-feira (23), a explicar quais providências tomaram para cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o pagamento imediato dos dias descontados de todos os professores que entraram em greve no prazo de 48 horas.
O desembargador Francisco Cascone, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, assinou nesta quarta-feira (22) mandado de segurança em que dá 48 horas de prazo para que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e seu secretário da Educação, Herman Voorwald, paguem os dias descontados indevidamente dos professores.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, determinou nesta quinta-feira (2) o pagamento dos dias parados aos professores da rede pública estadual de São Paulo, que ficaram três meses em greve e retomaram ao trabalho em junho. A decisão vem como um duro golpe à gestão Alckmin, que se negou a negociar com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp).
Na última sexta-feira (12), após 89 dias em greve, os professores da rede pública de São Paulo aprovaram em assembleia o retorno ao trabalho. Neste longo período, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esbanjou truculência, recusando-se a negociar com o sindicato, cortando o ponto dos grevistas e fazendo inúmeras ameaças.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Em assembleia realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, nesta quarta-feira (3), os professores paulistas decidiram manter a greve iniciada em 16 de março. Os trabalhadores pretendem seguir com o movimento, enquanto aguardam o julgamento do dissídio coletivo pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A Apeoesp – sindicato da categoria – espera que o dissídio seja julgado no dia 10, data da próxima reunião do colegiado.
A Apeoesp, sindicato dos professores da rede pública estadual de São Paulo, que completaram 60 dias em greve, liberou um fundo para ajudar os trabalhadores da educação que estejam com problemas financeiros. Os professores que tiveram seus pontos cortados poderão recorrer ao fundo de greve. O sindicato também vai distribuir alimentos e ajudar os professores a pagar contas básicas, como água, luz e remédios.
Ao longo de décadas, Geraldo Alckmin aperfeiçoou seu jeito de lidar com as crises em seu governo. Alckmin é um legítimo, incontestável, imbatível negacionista. Em Ribeirão Preto, na abertura de um evento, declarou que “na realidade, não existe greve dos professores”. Eles “estão dando aulas e os alunos, estudando. A média de falta é de 3%, aumentou 1%, e é de temporários”.
Por Kiko Nogueira*, no Diário do Centro do Mundo
O Portal Vermelho foi recebido pela secretária de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp (Sindicado dos professores de São Paulo), Francisca Pereira da Rocha Seixas, na manhã desta terça-feira (28), onde ela traçou um panorama sobre como o governador Geraldo Alckmin vem tratando a questão da Educação pública no estado. “Todos os anos nós iniciamos dizendo ‘é o pior ano’, mas esse extrapolou os limites”, desabafa.
Por Mariana Serafini
A professora da rede estadual de ensino de São Paulo, Aline Rodrigues, conversou com exclusividade com o Portal Vermelho e contou como está a situação dos profissionais em greve. Nesta sexta-feira (24) completam 43 dias greve e, segundo ela, a mobilização cresce diariamente porque o colapso no sistema educacional chegou ao limite. “Não temos perspectiva, não há como evoluir, tem muita humilhação contra os professores”, denuncia.
Por Mariana Serafini
Na última quinta feira (16), um grupo de professores grevistas participava de uma atividade de colagem de cartazes na diretoria de ensino Leste 3, cuja dirigente regional chama-se Maria Helena T. Faustino, por volta da meia noite, quando foram surpreendidos com disparo de arma de fogo por parte de seguranças armados.
Por Silvio de Souza, ao Blog do Nassif
Nesta terça-feira (17), segundo dia de paralisação, a greve dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo conta com adesão de 30%, segundo a presidenta do sindicato da categoria (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel.
O sindicato dos professores da rede estadual paulista (Apeoesp) estima que 20% dos professores tenham aderido à greve nesta segunda-feira (16), primeiro dia do movimento.