As empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e… Alstom constituem o consórcio Via Amarela. Cada uma dessas empresas, quando separada, já constitui historicamente uma grande dor de cabeça para quem se encarrega de fiscalizar a aplicação do dinheiro público. Especialmente no que se refere a sua relação com os políticos donos dos respectivos poderes. Imagine-se agindo em consórcio ou… em bando.
O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de pessoas e empresas suspeitas de participação no caso Alstom, informa reportagem de Mario Cesar Carvalho na edição desta quinta-feira da Folha. O esquema de corrupção investigado pela Justiça envolve empresários e dirigente ligados ao PSDB de São Paulo.
Em longa reportagem de Carta Capital desta semana (02.09), o jornalista Gilberto Nascimento traz o rastreamento mais completo já feito sobre o propinoduto alimentado pela Alstom – às vezes, associada a Siemens – para manter o esquema de corrupção que de 1998 até agora, segundo as denúncias, paga suborno a políticos do PSDB e a autoridades do governo tucano paulista.