Economia dos EUA tem tido um desempenho abaixo da média mundial e esta tendência vem se agravando nas últimas décadas, devendo ser a marca dominante no século 21
Michael Moore monta o lado B da história dos EUA.
No início deste século, os vários patrocínios americanos a grupos rebeldes de outros países e a eclosão de guerras civis em que os EUA intervêm ativamente foram a grande marca do país «mais livre» do mundo.
As manifestantes dizem que o Talibã usou sprays de pimenta e gás lacrimogêneo para dispersá-las enquanto tentavam chegar ao palácio presidencial.
Estudos sugerem que o Afeganistão poderia estar entre os cinco maiores países em reservas de cobre do mundo, um dos dez em ferro, mas com condições difíceis de extração.
Washington não tem ideia do caminho que a região seguirá após sua retirada.
Não se pode deixar de considerar trágicos os atentados do Estado Islâmico (ISIS-K), ocorridos nesta quinta-feira (26), no aeroporto internacional de Cabul. O ISIS-K é uma força dissidente no Afeganistão agora sob controle do Talibã. Aquele valente povo acaba de expulsar os invasores do país, sob comando dos EUA e arrastando a OTAN, invasão iniciada em 2001. É a terceira guerra vencida contra a ocupação, a Inglaterra em 1838-1842, e novamente entre 1878-1880, e a URSS em 1979.
O duplo atentado suicida em Cabul deixou ao menos 85 mortos, entre eles 13 militares americanos, na quinta-feira (26). O presidente americano, Joe Biden, cuja popularidade já estava em queda antes dos ataques, é alvo de muitas críticas, mas mantém decisão de finalizar operações no Afeganistão em 31 de agosto.
O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim analisa a contraditória e vergonhosa retirada dos EUA, deixando o país sob controle do Talibã, contra todos os interesses estratégicos americanos numa região de fronteira com Irã, China e Paquistão, pondo em risco seu soft power, para se concentrar em outras tarefas geopolíticas, como a contenção da China.
O Ocidente não pode optar por se opor ao domínio do Talibã. Esse jogo acabou. A verdadeira escolha é entre um recuo que aumenta a esperança de um governo moderado do Talibã e um recuo que, ao se opor a essa regra, aumenta ainda mais a miséria.
A semana na TV Grabois, de 16 a 20 de agosto, teve conteúdo sobre a ideologização da pademia de covid-19 contra a China, a decadência da direita latino-americana surgida no Peru contra o regime venezuelano, a greve negra de 1857 na Bahia, a importância da crítica cultural de José Ramos Tinhorão e os significados da desocupação americana no Afeganistão
Para muita gente, a não-intervenção chinesa seria uma espécie de apoio implícito ou tácito ao Talibã. É uma interpretação equivocada. Primeiro, por ser falaciosa. Segundo, por ignorar a complexidade da geopolítica