A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou pela segunda vez o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício do mandato, não foi bem recebida pelo Senado. Na quinta-feira (28), foi aprovado um pedido de urgência para que o plenário decida se vai cumprir a decisão da corte e a repercussão aumentou o ambiente de instabilidade entre as instituições.
Por Dayane Santos
Rachado, o PSDB tenta se manter no muro do golpe e garante ao governo de Michel Temer que a bancada tucana vai trabalhar para rejeitar a nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o peemedebista. Resta saber se vai conseguir cumprir a promessa, já que na primeira denúncia, a bancada rachou no plenário: foram 22 votos contra a denúncia, e 21 a favor.
O presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são líderes incontestes da repugnância dos eleitores. Pesquisa do Instituto Ipsos publicada no último sábado (26) no Estadão aponta uma surpresa: Mesmo com ataque midiático ferrenho, a taxa de desaprovação dos eleitores brasileiros em relação aos líderes do PSDB como José Serra, Geraldo Alckmin e FHC é maior do que a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O economista que era chamado de candidato a futuro ministro da Fazenda do derrotado Aécio Neves, em 2014, Armínio Fraga disse em entrevista à Folha de S. Paulo que foi "desagradável" ver o lado do tucano revelado pelas gravações das conversas do senador mineiro com o empresario da JBS.
Após o aprofundamento do racha no PSDB por causa da votação da denúncia contra Michel Temer, Aécio Neves, presidente afastado da legenda, decidiu fazer um aceno ao grupo de Geraldo Alckmin e prometeu ao governador paulista que o presidenciável do partido será definido até dezembro deste ano, em convenção nacional. A informação é do Painel da Folha desta sexta (4).
Após o jantar do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Palácio do Jaburu, no fim de semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nova denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prisão do tucanos e seu afastamento do mandato.
Sem espetáculo midiático, o senador Aécio Neves prestou depoimento à Polícia Federal, no início de maio de 2017, no inquérito em que é suspeito de receber propina de esquemas em Furnas. Mas toda a discrição não evitou que o conteúdo do interrogatório fosse vazado ao público nesta segunda (10), por meio um jornal da grande mídia.
Por Cintia Alves, no Jornal GGN
Por 11 a 4, o Conselho de Ética do Senado decidiu arquivar definitivamente o pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta quinta-feira (6). Ao analisar recurso assinado por cinco senadores, os integrantes do conselho endossaram a decisão do presidente da comissão, senador João Alberto (PMDB-MA), que, há duas semanas, havia determinado, em decisão monocrática, o arquivamento do caso.
Com um discurso pouco convincente para um plenário vazio, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) retomou as suas atividades no Congresso Nacional, neste terça-feira (4), após 46 dias de afastamento determinado pelo Supremo Tribunal Federal.
Em seu retorno ao Senado, após afastamento 45 dias determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) discursou na tribuna do Senado e disse que é "inocente" das acusações de que tenha recebido propina do dono da JBS, Joesley Batista.
Por Dayane Santos
O ministro Marco Aurélio Mello decidiu nesta sexta-feira (30) não acatar o novo pedido de prisão de Aécio Neves (PSDB-MG), feito pela PGR, e ainda restabeleceu o mandato do senador.
O presidente do Conselho de Ética no Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou nesta sexta-feira 23 ter arquivado o pedido de cassação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).