Por decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador tucano Aécio Neves (MG) virou réu, nesta terça-feira (17), por corrupção passiva e obstrução de Justiça. As acusações fazem parte de um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley Batista, do grupo J&F. Para o deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA), o STF está corrigindo uma grave injustiça com bastante atraso, já que o caso ocorreu ainda em 2017.
Líder do golpe de 2016, Aécio Neves já não tinha muito espaço dentro do ninho tucano. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que o tornou réu por corrupção, o senador por Minas Gerais está sendo rifado pelos seus correligionários.
A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar a denúncia e transformar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em réu nas investigação por corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que um aparelho apreendido em apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Rio de Janeiro, durante a Operação Patmos, é um bloqueador de sinal telefônico proibido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) à reeleição no Senado vem sendo considerado um problema pela cúpula tucana e é vista com resistência até mesmo por aliados. A verdade é que, depois que Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, há quase um ano, seu nome ficou isolado. Ele também foi denunciado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e obstrução de Justiça.
O senador Aécio Neves Neves (PSDB-MG) admitiu, nesta sexta-feira (15), que na eleição do próximo ano, vai concorrer ao governo de Minas Gerais ou tentar a reeleição para o Senado. O parlamentar não informou a data para esse anúncio. "Mas o Senado é o caminho natural", adiantou.
O desgaste do senador Aécio Neves (MG) é tanto que ele foi hostilizado na convenção nacional do seu próprio partido, o PSDB, neste sábado (9), em Brasília. Licenciado da presidência da legenda, Aécio será sucedido por Geraldo Alckmin (SP), que deve assumir a presidência.
Depois de uma discussão, o senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB, por meio de carta informou ao também senador Tasso Jereissati (CE) que ele estava destituido do cargo de presidente interino do partido.
O PSDB aguarda para esta terça-feira (24) uma resposta definitiva do senador Aécio Neves (MG) ao pedido de senadores tucanos e do presidente interino da legenda, Tasso Jereissati (CE), de que ele renuncie à presidência do partido.
Sem moral e apoio para permanecer na presidência do PSDB, senador Aécio Neves (MG) afirmou que aceita renunciar ao cargo, do qual está licenciado, somente se o presidente interino, senador Tasso Jereissati (CE), também sair.
Em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, exibida nesta terça-feria (17), o juiz Sergio Moro afirmou que não tem vocação para a política e que não pretende ser candidato, apesar dos institutos de pesquisas colocarem o seu nome entre os possíveis candidatos.
Por 44 votos contra 26, senadores derrubaram nesta terça-feira (17) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e mantê-lo em recolhimento noturno. Dessa forma, o tucano poderá retomar normalmente suas atividades.