As reivindicações feministas estão sendo ouvidas neste 8 de março nas ruas e também nos gabinetes. Em uma das jornadas mais globais na história do Dia Internacional da Mulher, com mobilizações convocadas em mais de 170 países, as mulheres com poder decisório se somaram à jornada de protesto anunciado mais reformas para avançar no caminho da igualdade de gêneros no trabalho, na política e na educação
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), o Projeto de Lei 7874/17, que amplia os casos da perda do poder familiar quando a pessoa é condenada à pena de reclusão por crime doloso. A matéria será enviada ao Senado.
O Dia Internacional da Mulher reuniu nas ruas do Brasil a diversidade da mulher brasileira na manhã desta quinta-feira, 8 de março. Trabalhadoras do campo e da cidade, mulheres de todas as gerações, mães e meninas, sindicalistas e donas de casa criticaram o ataque aos direitos das mulheres resultado do desmonte promovido pelo governo Temer. Marcharam na manhã e marcham nesta tarde por Nenhum Direito a Menos e Nenhuma Menos.
O Plenário aprovou nesta quarta-feira (7), a criação, no âmbito da Câmara dos Deputados, do Comitê de Defesa da Mulher contra Assédio Moral ou Sexual. Foi aprovado o substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), ao Projeto de Resolução 281/17, da deputada Laura Carneiro (sem partido-RJ).
Cerca de 800 mulheres de diversos movimentos populares realizaram, na manhã desta quinta-feira (8), um protesto no parque gráfico das organizações Globo no Rio de Janeiro (RJ). Elas denunciam o papel da imprensa no golpe de Estado instaurado em 2016 e reivindicam a garantia de eleições livres e democráticas.
Em ato do 8 de março, movimentos populares denunciam golpe e reivindicam eleições livres
A presença hegêmônica dos homens no comando de empresas também é uma realidade quando se fala em meios de comunicação. É o resultado de uma pesquisa internacional a cargo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Renata Mielli, Coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), afirma que essa hegemonia não é privilégio da chamada grande mídia e que os meios de comunicação alternativos precisam enfrentar esse cenário.
Por Railídia Carvalho
Mais uma vez as mulheres se preparam para travar a luta do 8 de Março nas ruas, onde historicamente se manifestam e cobram ações do governo em relação as suas pautas. Mobilizam-se para denunciar e combater o machismo, o preconceito e a violência, responsáveis pelo aprofundamento da desigualdade de gênero e pela morte de milhares de mulheres. As bandeiras são as mais diversas.
Por Vanja Santos*
Tradicionalmente março é um mês em que se joga luz nas questões femininas. Embora essa pauta seja constante e mereça atenção permanente nos debates e construções de novas formas de pensar a mulher na sociedade, é útil aproveitar esse período de maior sensibilidade para reforçarmos questões estratégicas à luta cotidiana.
Por Luciana Santos*
A noite de quarta-feira (7) foi marcada por votações ligadas à defesa das mulheres. No Senado, três matérias ligadas ao combate à violência contra a mulher foram aprovadas: a criminalização da divulgação de mensagens misóginas pela internet; a chamada "vingança pornográfica"; e o descumprimento de medidas protetivas determinadas pela Lei Maria da Penha.
Um fantasma ronda a autoestima de mulheres, especialmente daquelas que ocupam cargos de destaque no mundo empresarial: sentir-se com frequência uma impostora, uma verdadeira fraude, indigna de receber tanto destaque em sua área de atuação, a despeito de todos os elogios, feedbacks positivos e outras provas de reconhecimento
Um relatório da Organização Mundial da Saúde aponta que o Brasil ocupa a 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países.
Por Simone Baía*