Recordar não para reviver, e sim para denunciar. Com esse sentimento o advogado e vice-presidente estadual do PCdoB, Benedito Bizerril, fez sua fala durante a Quinta Vermelha realizada no último dia 03/04, que debateu os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama então classificado como altamente confidencial – agora já aberto a consulta pública. A correspondência narra encontro mantido na embaixada entre Gordon e Roberto Marinho, o então dono das Organizações Globo. A conversa era sobre a sucessão golpista.
Filme de Glauber Rocha chegou às telas uma semana após o golpe de 64, e representou o Brasil no Festival de Cannes, na França. A obra, que retrata o cangaço e a vida no sertão nordestino, teve grande impacto sobre o cinema brasileiro, que sofreu com a censura durante a ditadura militar. Na reportagem especial sobre os 50 anos do golpe, confira como foi a perseguição ao cinema político brasileiro.
Dentro da programação da Comissão Estadual da Verdade pelos 50 anos do golpe militar de 1964, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP-Fase) está apresentando, até 30 de junho, no centro cultural da instituição, a exposição Fica Decretado que Agora Vale a Verdade. A entrada é gatruita ao público, que poderá visitar e participar da mostra de segunda-feira a sábado.
A Caravana da Anistia é uma iniciativa da Comissão da Anistia que se propõe a resgatar, preservar e divulgar temas como a anistia política, a democracia e a justiça de transição, além de valorizar o papel de diferentes atores sociais que foram politicamente perseguidos entre os anos de 1946 e 1988, objetivando contribuir para a conservação e consolidação do Estado Democrático de Direito no país, conforme o preâmbulo da solenidade.
Não te rendas jamais, nunca te entregues,
foge das redes, expande teu destino.
"Eduardo Alves da Costa – poeta rebelde, brasileiro".
Por Paulo Cannabrava Filho*, no Diálogos do Sul
O golpe militar foi contra os movimentos sociais, contra o projeto nacional de desenvolvimento de João Goulart, contra os sindicatos, contra o trabalhismo, contra o povo!
Por Milton Cavalo*
A Casa dos Horrores estava situada em um local próximo a Itapebussu, distrito de Maranguape. No local, as sessões de tortura eram ininterruptas, 24 horas por dia. Após as sessões, os torturados eram levados para uma sala comum, que parecia abrigo para animais. Muitos deles chegavam se urinando ou colocando a bílis para fora, em consequência da brutalidade recebida.
Em sua coluna semanal, o escritor e jornalista pernambucano Urariano Mota repercute o tema sobre a ditadura militar que deve ganhar atenção especial nos vestibulares de todo o país, principalmente o Enem. “O estudante passou a vida escolar escutando pouco sobre a ditadura e agora vão exigir dele que faça uma imersão num assunto tão complexo”, disse.
Ramon de Castro, para Rádio Vermelho.
Por *Luiz Carlos Antero
“Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria, muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país.”
(Milton Nascimento, em Coração Civil)