Senado mantém direitos políticos de Dilma
Por 42 a favor, 36 contra e três abstenções, o Senado rejeitou a inabilitação de Dilma Rousseff para funções públicas por oito anos. A votação foi feita logo após o resultado da consumação do golpe. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi um dos senadores que se posicionou contrário à inabilitação para as funções públicas.
Publicado 31/08/2016 14:28
Renan disse que não está na Constituição inabilitar a presidenta da República para funções públicas. “Essa decisão terá que ser tomada pelo Plenário”, afirmou, anunciando voto contrário. A primeira a falar contra a punição da suspensão dos poderes políticos foi a senador Kátia Abreu (PMDB-TO), que destacou que a decisão contra Dilma Rousseff foi injusta.
Os senadores Jorge Viana (PT-AC) e João Capiberibe (PSB-AP) se uniram ao apelo da senadora. Viana disse que “se aprovado, ela não poderá dar aulas em universidades e nem seguir servindo ao país”, explicou. Capiberibe indagou: “Não basta derrotar? É preciso esmagar?”
Os tucanos Aécio Neves (MG) Cássio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) ocuparam a tribuna para pedir a inabilitação de Dilma Rousseff para funções públicas. Os tucanos manifestaram medo de que sem os direitos políticos cassados, ela possa voltar a se candidatar.
Já o presidente do PCdoB de São Paulo, vereador Jamil Murad, afirmou que "hoje se inicia um novo ciclo para o povo brasileiro. A luta é para uma vida inteira, continuamos ao lado dos que batalham em defesa de um Brasil democrático, justo, desenvolvido e soberano".