Dilma: Nós avançamos muito, somos exemplo de uma grande democracia
Em entrevista a jornais impressos na tarde desta quinta-feira (6), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que fará as mudanças que avaliou necessárias ao longo da campanha eleitoral, reconheceu que é preciso cortar alguns gastos para a economia crescer mais. Contudo, ponderou que não será nada similar a algum choque de gestão.
Publicado 06/11/2014 19:37
Segundo Dilma, o governo pretende se debruçar em cada gasto e reduzir o que for possível, mas nada parecido com “choque de gestão”, ponderou. “Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar àquela ideia maluca de choque de gestão", disse, ao defender a manutenção do número de ministérios. "Essa história de cortar ministérios é lorota", ironizou.
A presidenta sinalizou que o governo tem compromisso com as instituições e com a democracia. "Acho fundamental a separação dos poderes, a independência do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. As instituições estão funcionando e as nossas eleições são produto disso. Nós avançamos muito, somos exemplo de uma grande democracia. O eleitor não é de ninguém, ninguém é dono do eleitor. Se tem um momento em que todos somos iguais é na urna. A visão de que o eleitor é meu, é ultrapassada, é patrimonialista."
Dilma reafirmou que é necessário "saber perder e saber ganhar". Segundo ela, "saber ganhar na democracia é tão difícil quanto saber perder, porque existe a tendência das pessoas acharem que é o rei da cocada preta. Não sairá da sua cabeça o que fazer pelo país, tem que ter uma interação. Não estou propondo nenhum diálogo metafísico", assegurou.
Da redação do Vermelho,
Com agências