A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, compareceu à sua zona eleitoral neste domingo (25) por volta das 12h15, horário local (equivalente à 13h45 no Brasil), localizada no Colégio Nossa Senhora de Fátima, na província de Santa Cruz, ao Sul do país.
A soberania da América do Sul tem como centro a integração Brasil-Argentina. Um princípio básico ditado pela crise econômica mundial, que enfrenta ataques violentos da direita, inclusive com ameaças golpistas explícitas.
Por Osvaldo Bertolino, especial para o Vermelho
A disputa política na Argentina tem um ingrediente bastante comum ao da disputa brasileira. A tentativa dos candidatos da oposição de incorporar o discurso político do governo e se apresentar como uma proposta de continuidade com ajustes de rumos. E de outro lado, um candidato governista que não pode apenas apresentar uma agenda de continuidade, diante de um eleitorado que, de acordo com as pesquisas, quer mudanças.
Por Renata Mielli, especial para o Vermelho
Pesquisa realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento Empresarial (Idea) com o setor empresarial argentino, aponta que 52% avaliam que cenário econômico, após as eleições, não sofrerá mudanças. Destes 21% acreditam que ficará moderadamente melhor. Já 33% acreditam que o cenário pode ficar moderadamente pior. O Instituto ouviu 178 entrevistados.
Os argentinos que estão indo às urnas neste domingo (25) iniciam uma nova etapa na história da integração regional: pela primeira vez escolherão pelo voto direto seus representantes no Parlamento do Mercosul (Parlasul). Serão 43 deputados, que assumirão os mandatos em Montevidéu, em dezembro.
“Tudo nos une, nada nos separa”, dizia em seu celebre discurso o presidente argentino, Roque Saez Peña (nome de famosa praça no bairro de Noel Rosa, no Rio de Janeiro), realizado em sua visita ao Brasil no ano de 1910. Se bem temos nossas diferenças em temas esportivos, no que se refere ao debate sobre a estratégia de inserção internacional de ambos os países, a convergência tende a ser grande.
Por Rubens Diniz*, especial para o Vermelho
Começou na Argentina a votação para as eleições presidenciais que decidirão o futuro do projeto inaugurado em 2003. As autoridades confirmaram a abertura de 13,5 mil colégios eleitorais, que receberam mais de 94 mil mesas de votação. A expectativa é que 32 milhões de eleitores compareçam para votar.
O candidato à presidência da Argentina da coalizão governista Frente Para a Vitória, Daniel Scioli, votou por volta das 9:55 horas (no horário de Brasília equivale às 10:55 horas) neste domingo (25) antes de entrar na seção eleitoral falou à imprensa que o mais importante é “respeitar a vontade do povo argentino”. Pediu aos eleitores que deem uma “demonstração exemplar ao mundo e que em todos os espaços públicos se tenha uma atitude de responsabilidade e respeito”.
No próximo domingo (25) a Argentina enfrenta as eleições mais cruciais desde que o país retornou à democracia, em 1983. Nestes últimos 12 anos, com um mandato de Néstor Kirchner e dois de Cristina Kirchner, foram promovidas mudanças que demoraram mais de 50 anos para iniciar e que nenhum argentino imaginava viver para presenciá-las.
Por Guadi Calvo*, de Buenos Aires, especial para o Vermelho
O astro do futebol argentino, Diego Maradona, manifestou apoio ao candidato à presidência da Argentina da Frente para a Vitória, Daniel Scioli e ao vice Carlos Zannini. Por meio de uma mensagem em sua conta no Facebook, o jogador também enviou uma saudação à atual presidenta Cristina Kirchner: “um beijo grande à nossa grande presidenta”, disse.
Às vésperas das eleições presidenciais, o principal candidato da direita argentina, Maurício Macri, da frente Cambiemos, continua defendendo o “voto útil” para se distanciar definitivamente de Sérgio Massa, terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, que também defende propostas completamente opostas ao “kirchnerismo”.
As eleições presidenciais da Argentina acontecem neste domingo (25), será a primeira, em anos, a não ter nenhum dos Kirchner na disputa. O candidato governista Daniel Scioli segue liderando as pesquisas de intenção de voto, enquanto o segundo e terceiro colocado, Maurício Macri e Sérgio Massa, respectivamente, disputam o segundo lugar para tentar levar o pleito ao segundo turno.