A situação externa do Brasil é muito melhor do que era em 2002
As dificuldades fiscais são inegáveis. Mas será a questão das contas públicas realmente o principal problema?
O que provavelmente ocorrerá agora é um deslocamento da atividade política para uma disputa de espaço dentro de um futuro governo Lula. Não adianta, leitor, dizer que isso é prematuro
Gostaria apenas de ressaltar o que esse triunfo europeu pode prenunciar para um futuro governo Lula. Tentarei ser sereno e objetivo, ainda que os assuntos “Brasil” e “Brasil no mundo” tenham necessariamente forte carga emocional
O que passa aqui por ciência econômica é uma outra caricatura, e paupérrima, do que se ensinava e propagava nos Estados Unidos há vinte ou trina anos atrás
Vou transcrever aqui algumas passagens de “Estilhaços” que dizem respeito quase sempre à arte, ao artista e ao sofrimento – ao sofrimento que é inseparável da beleza
Em pleno século 21, coube ao Brasil a infelicidade inesperada de ter no comando da sua economia um economista ultraliberal
Já perdi a conta de quantas vezes economistas e organizações ocidentais previram o colapso da economia chinesa. Até agora, todas as previsões negativas se mostraram erradas. E os chineses continuaram, impávidos, a sua ascensão econômica no mundo
Há quem sustente, mesmo no campo da oposição, que não houve sinal de fraqueza, que o recuo foi calculado, tático, bem pensado. Uma jogada de mestre? Haveria algum método nessa loucura toda?
É impressionante, leitor, como mudou o quadro prospectivo brasileiro em apenas dois ou três meses. Tanto para a economia como para a política, com a modificação das perspectivas políticas refletindo em parte a deterioração do horizonte econômico
Conversando recentemente com minha mãe, lembrei do filme “Flores raras” e do poema que enquadra o filme, um poema lindo, lindo, da Elizabeth Bishop, chamado “One art” (“Certa arte”). E resolvi reler o poema e rever o filme
Todos falavam com admiração da iniciativa chinesa, quando de repente o nosso Saturnino resolveu inovar. Por que não, perguntou ele, uma iniciativa brasileira – uma Nova Rota da Boa Esperança, que uniria as Américas, a Europa, a África e a Ásia?