As paixões permeiam o futebol e a política. O ano de 2014 tem reservado muitas inquietações. A Copa do Mundo e as eleições presidenciais formam o banquete em que os participantes sentados à mesa disputam cada pedaço. São demandas sociais que urgem num país marcado por conquistas e contradições.
Sou orgulhosamente professor da rede pública de ensino e é com satisfação que vejo a maioria de crianças e adolescentes torcer por um time. Isso nem deveria ser digno de nota, afinal trata-se de um esporte, cuja prática é sempre recomendada por médicos e, portanto um hábito que deveria ser corriqueiro. Mas acaba chamando atenção o fato, quando pesquisas recentes demonstram significativa parcela de adultos indiferentes ao futebol.
O Brasil tem pouco mais de quinhentos anos de idade do qual um quinto foi pintado pelo futebol. Quando o paulistano Charles Miller voltou de uma viagem à Inglaterra, o Brasil superava a fase Imperial e a sociedade se preparava para entrar num período de desenvolvimento que se fez no século 20.