Precisa-se
Dá gosto andar pela cidade, em todos os bairros, e ouvir o barulho dos bate-estacas e ler as placas “procura-se”. A barulheira toda nas ruas onde se compram os presentes de Natal é música nos meus ouvidos.
Publicado 14/12/2007 16:12
Depois de 22 trimestres de crescimento econômico medíocre, mas contínuo, estamos vivendo uma conjuntura muito mais favorável com diminuição forte do desemprego e ganhos reais dos salários. O Brasil deslancha! E o movimento sindical é agente, parceiro e beneficiário desse progresso.
Persistem situações negativas; problemas a serem enfrentados como, por exemplo, o “empoçamento” do desemprego entre os jovens na zona leste da capital de São Paulo. Aí se justifica de imediato a aplicação da lei municipal que garante o passe ao desempregado, porque os jovens não conseguem emprego quando não têm facilidades de deslocamento (o transporte público em São Paulo é muito caro).
Mas, o grande problema a ser enfrentado de imediato é o da escassez de mão-de-obra qualificada, no ritmo que o crescimento econômico tem exigido e naquelas ocupações mais requisitadas.
Para enfrentar este problema é preciso articular os três níveis do Governo (federal, estadual e municipal), o poder público e a iniciativa privada e escalonar no tempo, com urgência e a médio prazo, uma série de medidas práticas.
Os trabalhadores nas empresas já perceberam que “virou o fio” da rotatividade: hoje a saída é em busca de emprego melhor e melhor remunerado por quem é mais qualificado.
Portanto, seja para atender à demanda, seja para reforçar a expectativa do trabalhador, a qualificação é necessária. A proposta do ministério do Trabalho de vincular o seguro-desemprego a cursos de qualificação é uma idéia forte que pode ajudar na solução do problema.