Folha de São Paulo manipula e municia contra Haddad
A coluna de hoje de Jânio de Freitas, membro do Conselho Editorial, da Folha de São Paulo, (“Moraes mostra que governo tenta influenciar Lava Jato”, (29/09/2016) contém a seguinte pérola, formatada em advertência, na parte final de seu texto:
Publicado 29/09/2016 17:25
MISTÉRIO Pesquisas Datafolha: entre a de 21 e a de 26 de setembro, o líder Marcelo Crivella cai de 31% para 29%. Pesquisas Ibope, fechadas em 13 e 25 de setembro: o líder Marcelo Crivella sobe de 31% para 35%. Apenas 24 horas entre os fechamentos e, no entanto, tendências opostas com seis pontos de diferença (ou cerca de 20%). Nos demais candidatos, curiosamente, os resultados das duas pesquisas foram iguais ou vizinhos. Mais problemas, daqui a pouco.
Difamação para armar adversários
Acontece que, na mesma edição do jornal da oligarquia Frias, estampou-se como manchete, no caderno Eleições 2016: “Empresário alvo do TSE teria recebido propina ligada a campanha de Haddad”. [1]
A matéria, caluniosa e visivelmente voltada para dar argumentos falsos à última hora, quando se encerraram as gravações do horário eleitoral gratuito, e antes do debate de encerramento entre os candidatos previsto para a noite do 29, foi extemporaneamente estampada com imensa foto de Haddad, no caderno online do jornal.
Só que a manchete interna da primeira página do caderno na edição online, já era outra, de conteúdo inteiramente distorcido do anunciado assunto, não constante (como importante) na capa do dito caderno: “Propina quitou dívida de Haddad com dono de gráfica investigada pelo TSE, dizem delatores”.
Assim, o que era “teria recebido” (futuro do pretérito), virou “Propina quitou dívida”, no pretérito perfeito, mesmo! Seguiu-se, ademais, outra foto gigantesca da gráfica, na abertura interna da matéria.
Delação fraudulenta refutada
Na página da mesma matéria – como sempre para tapear o leitor exibindo-se “democrática” -, na pequena seção “Outro lado”, aparece ao lado o seguinte:
“Os serviços prestados pela LWC Editora Gráfica à campanha de Fernando Haddad, em 2012, foram todos quitados durante a campanha eleitoral, como atesta a prestação de contas registrada e aprovada no TRE [Tribunal Regional Eleitoral]”, referindo-se à declaração da assessoria do Prefeito de São Paulo. Enquanto na mesma parte desse texto lê-se ainda: “Procurado pela Folha desde segunda (26) por e-mail, telefone e por intermédio de seu antigo advogado, Luís Carlos, o empresário Francisco Carlos de Souza não quis se manifestar.
Ou seja, o dono da gráfica e acusador mentiroso “não quis se manifestar” sobre a declaração da assessoria do acusado, o que em nada demoveu o jornal em alardear, inescrupulosamente, despesas devidamente registradas e aprovadas pelo TRE de São Paulo, das contas do prefeito Fernando Haddad.
Manipulação ideológica e partidarizada
Ora, “teria recebido” é declaração enfática de que a matéria da Folha municiou adversários de Haddad, nomeadamente a Marta Suplicy (PMDB), como também a Russomano (PRB). Os dois partidos, como se sabe sem qualquer dúvida ou disfarce, apoiadores do golpe (“impeachment”) contra Dilma Rousseff.
Assim como o resultado da sua pesquisa (Datafolha) – instituto que ela procura mistificar eleitores e leitores aparentando ser completamente independente dos interesses econômicos e políticos dos donos do mesmo grupo, os Frias – para as eleições à Prefeitura do Rio, segundo o referido alerta de Jânio de Freitas, demonstrando o óbvio: uma suposta queda de Crivela (PRB), e subida de Pedro Paulo (PMDB) colocariam dois candidatos do golpista Temer num provável segundo turno.
Atenção: não houve até o presente momento, inobstante a avalanche de calúnias assacadas indiscriminadamente contra o PT, praticamente findo quatro anos de mandato, nenhum candidato ou opositor político que considere ou tenha acusado Fernando Haddad de desonestidade.
E só idiotas pós-graduados acreditam que pesquisas – caríssimas! – de institutos como o da Folha de São Paulo, totalmente articuladas com chuvas diárias de matérias facciosas do jornal para liquidar covardemente com seus adversários, são isentas. Ou que não há quem as financie por deliberadas razões políticas e ideológicas.
Nota
[1] A matéria é assinada por Flávio Ferreira, Reynaldo Turollo jr., de São Paulo, e Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. Obviamente, “autoridades” do jornalismo brasileiro aptos a caluniar uma liderança política de esquerda séria e um administrador honesto.