É importante, para se entender a crise energética pela qual passam os chineses, a transição energética proposta pelo governo do país e as tensões geopolíticas com a Austrália, importante fonte de carvão para os chineses
A China passa, nesse momento, por uma alta nos preços do carvão, o que tem causado preocupações de que uma crise energética de desenvolva no país.
A transição energética pela qual vive a China é fator importante de análise para se entender essa situação, bem como ter em perspectiva os problemas geopolíticos que o país enfrenta com a Austrália, de quem suspendeu a importação de carvão, fonte de 10% do que era utilizado desse recurso natural na China.
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Elias Jabbour, professor associado da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ e autor, com Alberto Gabriele, de “China: O Socialismo do Século XXI” (2021) e “Socialist Economic Development in the 21st Century: A Century after the Bolshevik Revolution” (Routledge, 2022). Vencedor do Special Book Award of China 2022.
A aliança militar e tecnológica entre os EUA, Reino Unido e Austrália (Aukus) abre uma nova frente na escalada estratégica do imperialismo contra a China, na região vital que a terminologia dominante, desde Trump, decidiu designar de Indo-Pacífico (em vez de Ásia-Pacífico) para acomodar a Índia.
Há desconforto no sudeste da Ásia, em particular sobre seu impacto potencial na estabilidade regional. Ou seja, o grupo seria parte da guerra híbrida americana de contenção da China, que causaria, em consequência, uma desestabilização muito prejudicial a toda a região, como já ocorre no Oriente Médio, Cáucaso e outras regiões.