Armas químicas: De novo?!!
A farsa das armas químicas que serviram de pretexto para os Estados Unidos invadirem o Iraque e destruir o país, ao qual prometiam democracia e paz, ainda é motivo de piada mundo afora e eles já se preparam para uma nova agressão, dessa feita contra a Síria.
Publicado 02/09/2013 10:15
O pretexto? O mesmo. As armas químicas, tão letais quanto às do Iraque que até hoje ninguém viu.
E isso importa? Claro que não!
A única coisa que importa ao império americano é a sua busca incessante pelo controle de recursos naturais e espaços estratégicos com o objetivo de garantir sobrevida à sua trajetória declinante.
O declínio político, econômico e cultural do império americano é um fato que nem mesmo o mais servil de seus aliados – como os tucanos do PSDB aqui no Brasil, por exemplo – ousam questionar.
Acontece que quanto mais um império se isola mais ele se torna agressivo, como se buscasse compensar sua perda de prestigio pelo terror. A história registra esse padrão de conduta em todos os impérios, dentre eles o mongol, romano, macedônio e agora o americano.
Seguem, rigorosamente, a lógica de Maquiavel, para quem o ideal do príncipe era ser amado e temido. Mas, como isso era impossível, pois, sustentava, quem é amado não é temido e quem é temido naturalmente não é amado, restava ao príncipe fazer a opção por ser temido, como forma de se perpetuar no poder. É assim que age o império americano.
Preliminarmente é preciso sublinhar que falta aos Estados Unidos credencial para se comportar como xerife do planeta. Em primeiro lugar porque ninguém lhe deu procuração para tal fim e, segundo, porque são eles que precisam urgentemente ser desarmados, sem o que jamais haverá paz. Enquanto não cessar as agressões unilaterais que hoje os EUA praticam contra nações soberanas, cujo “crime” até aqui demonstrado é o de não dizerem amem a todos os seus caprichos, certamente haverá instabilidade e caos.
Os Estados Unidos, como se sabe, detêm o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta, indo dos artefatos químicos, que cinicamente eles atribuem aos desafetos de plantão, a milhares de bombas atômicas, cujo poder destrutivo é suficiente para arrasar várias vezes a terra. É sempre bom lembrar que o único país a detonar uma bomba atômica contra um adversário – o Japão, já derrotado – foi precisamente os Estados Unidos da América.
Pouco importa se a ONU não está de acordo; se os inspetores pedem cautela; se até mesmo os seus incontinentes aliados ingleses estão reticentes. Nada disso importa. Os americanos precisam da guerra para alimentar sua combalida economia e estabelecer o terror, como instrumento de dominação.
E a cada momento mais evidências surgem de que eles não têm limites. A revelação de que os Estados Unidos espionam politica e economicamente todos os demais países, incluindo os seus fiéis “aliados” não deixa dúvidas quanto a isso. Tal revelação, feita por nada menos do que um funcionário da Central de Inteligência Americana (CIA), demonstra que eles se sentem cada vez mais acossados e, portanto, cada vez mais agressivos e sem pudores.
Tais fatos escancaram o que há muito denunciamos e que as classes dominantes de nosso belo país tem pleno conhecimento, assim como as classes dominantes dos demais países.
E por que não reagem? Em parte porque são sócios minoritários nesse “consorcio macabro” ou simples comensais das sobras do banquete imperial.
Por isso, além do repúdio e das medidas que possamos tomar, por todos os meios, para por fim a essa escalada de agressões desenvolvidas pelos EUA contra os demais países é fundamental ter presente que o Brasil é o país com maior abundância de recursos estratégicos, incluindo a água. Assim, se não pararmos a besta fera, é melhor nos prepararmos para o combate. Eles virão atrás desse e de outros recursos, tal qual o viciado em busca da droga que o consome e alimenta a sua ilusão de felicidade.
Aos que eventualmente consideram tal suposição um delírio eu recomendo folhear o célebre poema de Bertolt Brecht, no qual ele lembra que todos ficaram indiferentes as agressões que o nazismo fazia contra comunistas, judeus e sindicalistas, sob o argumento de que isso não era problema deles. Diante da indiferença geral – ou cumplicidade – os nazistas se sentiram a vontade para agredir a todos e chegou, naturalmente, a vez dos incrédulos, os quais sequer puderam pedir socorro, na medida em que os que eventualmente poderiam lhes socorrer já estavam presos ou mortos pela besta fera de então.