Ao Editorial, com carinho 

Na modesta biblioteca daqui de casa, logo cedo, solto foguetes e girândolas para saudar a volta do editorial do portal Vermelho. 

Na reestreia, “o Copom na contramão do desenvolvimento nacional“, opinião segura, equilibrada e assentada em dados. 

Sublinha esse contraponto desumano do sistema vigente, fundado em toda a linha no rentismo — vale dizer, nos interesses de uma minoria absurdamente aquinhoada —, a adoção de juros altos para deter os supostos riscos de inflação em decorrência da expansão do emprego e da melhoria do nível de consumo da população. 

Anota as dificuldades do governo Lula, situando-as politicamente na correlação de forças objetivamente complexa e muitas vezes predominantemente desfavorável. 

O portal Vermelho sempre teve em seu editorial uma referência para a militância do PCdoB, da esquerda e de setores progressistas.

E não há corrente de opinião que, mesmo situada como parte de amplo arco de forças momentaneamente conjugadas para a ação comum, se mantenha como referência abstendo-se da luta no terreno das ideias. 

O arco-íris é tão admirável quanto mais nítidas se apresentem as tonalidades que o compõem. 

O portal Vermelho representa tonalidade rubra própria no conturbado tempo em que vivemos, desafiada a se vincar permanentemente consistente e nítida — e assim identificada, compreendida e capaz de mobilizar consciências e vontades numa mesma direção.

Modesto colaborador com a coluna de todas as quintas feiras, ininterruptamente, desde a primeira semana de existência do portal, há 22 anos, registro do seu Manifesto de fundação, na emblemática data de 25 de março de 2002: 

“Toda noite tem aurora. E toda aurora tem seus galos, clarinando no escuro o dia por nascer. A ambição do portal Vermelho é ser um galo assim na internet. Contribuir para dissipar a treva neoliberal. Trabalhar para que venha logo a alvorada dos trabalhadores e povos da Terra.”

Que assim seja. Sempre.