Ho Chi Minh, na sua morada eterna, estará a saborear isto com um sorriso celestial. O Vietnã foi o anfitrião – virtual – quando as 10 nações da ASEAN, mais a China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, assinaram a Parceria Econêmica Regional Abrangente (Regional Comprehensive Economic Partnership, RCEP ) no último dia da 37ª Cúpula da ASEAN.
O foco, como previsto, é colocar a economia doméstica da China, pós-Covid-19, no caminho do crescimento sólido em 2021.
Em 1999, Qiao Liang, então coronel sênior da Força Aérea do Exército de Libertação Popular, juntamente com Wang Xiangsui, um outro oficial da mesma patente, causaram tremendo furor com a publicação de Guerra Irrestrita: o Plano Mestre da China para a Destruição da América.
Entre a irresponsabilidade das elites e a total fragmentação da sociedade civil, a Covid-19 como um interruptor está mostrando como o rei – o projeto sistêmico – está nu.
A Guerra Híbrida 2.0 contra a China, uma operação bipartidária dos EUA, está chegando ao extremo. Seu braço da guerra de espectro total ininterrupto, culpa a China por tudo o que está relacionado ao coronavírus – operando como uma tática diversionista contra qualquer crítica informada sobre o lamentável despreparo americano.
De acordo com um estudo conjunto das universidades de São Paulo e de Brasília, o número real de brasileiros infectados pelo Sars-Cov-2 é 13 vezes maior do reconhecido oficialmente pelo Ministério da Saúde.
Compare-se a reação serena de centenas de milhões de asiáticos à crise do coronavírus com o medo, o pânico e a histeria ocidentais.
Não é preciso ter lido a obra de Michel Foucault sobre biopolítica para entender que o neoliberalismo – em crise profunda desde pelo menos 2008 – é uma técnica de controle/governo na qual o capitalismo de vigilância encontra-se profundamente arraigado.
Como um tiro ricochetando nas Portas do Céu, Bob Dylan acaba de lançar uma obra-prima que disseca o assassinato de JFK
Precipitação do surto de Covid-19 coloca Pequim e Washington em rota de colisão
No que se trata do Afeganistão da realpolitik, as forças armadas dos Estados Unidos, com ou sem acordo, querem permanecer nessa valiosíssima base do Grande Oriente Médio, a partir da qual elas poderão empregar suas técnicas de guerra híbrida.
Segundo artigo do jornalista Pepe Escobar, a resposta da China ao vírus foi “de tirar o fôlego”.