O que está em jogo é levar a efeito a obra inconclusa da democratização do país, removendo o que ainda sobrevive do entulho autoritário
As eleições já ao alcance da mão nos fornecem mais uma oportunidade para que, dessa vez, afastemos o passivo que continua a nos assombrar abrindo passagem ao que há de novo na nossa sociedade
É da lógica da situação que, caso vingue o golpe, seu desdobramento natural será a institucionalização do fascismo sempre latente entre nós
Os desafios a que Lula-Alkmin estão expostos não podem ser subestimados.
A experiência nesses já longos anos com a claque que se mantém no poder ensina que não se deve subestimar sua capacidade de manobrar no terreno da política
São bem vindos os sinais emitidos por relevantes personalidades políticas, como Lula e Alkmin, antagonistas em várias disputas eleitorais, de que procuram um caminho de convergência, tentativa de reedição em nossas plagas da geringonça portuguesa segundo alguns analistas
“O imprevisto faz parte da sua lógica, aí está o Centrão não como mero coadjuvante, mas com fumaças de protagonismo, mais uma peça no tabuleiro a ser considerada pela esquerda democrática ao conceber seu xeque-mate à aventura golpista que visou atalhar nossa história”
Jair Bolsonaro pode ficar na presidência até 2022 – caso um processo de impeachment não abrevie o mandato – e as lideranças democráticas precisam estar preparadas para apresentar projetos para o Brasil.
“A rota do impeachment recém-descoberta como recurso de legitima defesa da sociedade ganha o caminho das ruas com as carreatas que proliferam e o adensamento da opinião pública em seu favor. Diante da miséria política do país, entretanto, nada garante a ela um final feliz”
A tragédia amazônica, se permanecermos inertes, será o destino de todos se nos faltar o alento para a reconquista do que nos tem sido subtraído pelo governo Bolsonaro em suas práticas demofóbicas e antidemocráticas
Apesar de marcado pela pandemia de Covid-19, 2020 é um ano com valorização da ciência e mudanças no cenário político