A decretação do fim da Emergência Sanitária da covid-19 é uma decisão política, sem base científica, na linha da falsa dicotomia entre saúde pública e economia. Afinal, 2022 é ano eleitoral.
Nenhum país pode rebaixar a classificação da Covid-19 e determinar a mudança de status de pandemia para endemia, seja por meio de decretos, atos normativos ou portarias. O Brasil não está numa redoma, isolado do resto do mundo.
O Brasil precisa vencer a campanha antivacinação infantil protagonizada pelo Governo Federal e seus sabujos negacionistas para proteger suas crianças contra a Covid-19.
Estamos assistindo ao aumento no número de internações e óbitos de crianças não vacinadas no país inteiro, causado pela variante Ômicron. A demora na compra das vacinas pediátricas e para iniciar a imunização de nossas crianças certamente ajudou a agravar a situação.
Precisamos lotar as redes sociais com fotos de nossas crianças sendo vacinadas. É fundamental evitar que o vírus circule livremente entre as crianças, pois a ciência sabe que pessoas não vacinadas são as maiores fontes de mutações.
O que está acontecendo na Europa é uma prévia do que poderá acontecer no Brasil em 2022, antes mesmo da chegada do inverno, então é preciso vacinar a população brasileira até alcançarmos o percentual de 95% de pessoas vacinadas com duas doses e com a dose de reforço para os grupos prioritários.
Mesmo com o descompasso no combate a pandemia por parte do Governo Federal e a ausência de campanhas nacionais em massa para conscientização da população brasileira sobre a importância de se vacinar e manter as medidas não farmacológicas, nós estamos vencendo a ignorância e o negacionismo científico.
A pandemia acaba quando a OMS declarar, a partir de seus indicadores globais. A baixa vacinação em países pobres, mantendo a alta circulação do vírus e surgimento de variantes, tornam perene a convivência com a doença.
Avanço lento da imunização por vacina e flexibilização do distanciamento social dá vantagem ao vírus, que ganha tempo para novas mutações.
O nosso inimigo é o vírus Sars-Cov-2, mas infelizmente temos que combater também o vírus da desinformação e das fake News defendidas por pessoas comprometidas com uma estratégia política manipuladora e irresponsável.
Segundo a OMS hoje são 236 vacinas sendo testadas, das quais 173 em fases pré-clínicas e 16 na última fase de testes, a fase 3. Apenas 4 desenvolvedores publicaram resultados em revistas científicas
Cientista atualiza a situação da vacinação no mundo neste início de ano.